A Polícia Civil, por meio da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri/DRF), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28/5), a Operação Chengdu e prendeu oito pessoas suspeitas de furtar e roubar casas de chineses em todo o Brasil.
Além das prisões, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos estados no Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Ceará. Nos locais investigados, foram apreendidos quantias em dinheiro, celulares e diversos objetos. A polícia não encontrou armas, elas estavam apenas em fotografias armazenadas nos dispositivos eletrônicos dos suspeitos.
A investigação começou a partir de um furto, ocorrido no dia 29 de outubro de 2019 em um apartamento de uma família chinesa, no Guará. Na data, três pessoas entraram no imóvel e roubaram vários objetos e a quantia de R$ 1 mil. Conforme apurado pela polícia, o trio entrava na casa e outros dois integrantes do grupo ficavam fora do prédio, em um veículo com placa de São Paulo.
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Durante as investigações, o grupo foi flagrado praticando dois furtos em Petrolina (PE) e outro em Fortaleza (CE). Também foram detectados dois ataques a chineses em São Paulo (SP) e outro em Itapema (SC). As investigações mostraram que os integrantes da organização criminosa atuavam há pelo menos quatro anos, de modo estável e permanente.
Os envolvidos se passavam por parentes das vitimas e enganavam os porteiros dos prédios. Em seguida, arrombavam as portas das casas e apartamentos e praticavam o crime. O grupo usava rádios comunicadores para vigiar a aproximação da polícia.
As vítimas eram identificadas por meio de nomes e sobrenomes lançados em cadastros abertos na internet. Eles eram escolhidos pela organização criminosa porque costumam guardar quantias elevadas de dinheiro em casa e raramente registram as ocorrências na polícia.