Cidades

Presa quadrilha suspeita de furtar chineses em todo o Brasil

Os envolvidos se passavam por parentes das vítimas e enganavam os porteiros dos prédios. Em seguida, arrombavam as portas das casas e apartamentos e praticavam o crime

A Polícia Civil, por meio da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri/DRF), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28/5), a Operação Chengdu e prendeu oito pessoas suspeitas de furtar e roubar casas de chineses em todo o Brasil. 

Além das prisões, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos estados no Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Ceará. Nos locais investigados, foram apreendidos quantias em dinheiro, celulares e diversos objetos. A polícia não encontrou armas, elas estavam apenas em fotografias armazenadas nos dispositivos eletrônicos dos suspeitos. 

A investigação começou a partir de um furto, ocorrido no dia 29 de outubro de 2019 em um apartamento de uma família chinesa, no Guará. Na data, três pessoas entraram no imóvel e roubaram vários objetos e a quantia de R$ 1 mil. Conforme apurado pela polícia, o trio entrava na casa e outros dois integrantes do grupo ficavam fora do prédio, em um veículo com placa de São Paulo.

Saiba Mais

Por meio do rastreamento desse veículo e das mais variadas medidas cautelares, deferidas pelo Juiz da Vara Criminal do Guará, foi identificada uma organização criminosa que furtava e roubava casa de chineses em todo Brasil. “Apenas no Distrito Federal, entre os anos de 2016 e 2020, a organização criminosa furtou 18 apartamentos de chineses”, destaca o delegado da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF/Corpatri), Fernando Cocito. “Cerca de 80 chineses foram vítimas da organização criminosa”, completa. 

Durante as investigações, o grupo foi flagrado praticando dois furtos em Petrolina (PE) e outro em Fortaleza (CE). Também foram detectados dois ataques a chineses em São Paulo (SP) e outro em Itapema (SC). As investigações mostraram que os integrantes da organização criminosa atuavam há pelo menos quatro anos, de modo estável e permanente. 

Os envolvidos se passavam por parentes das vitimas e enganavam os porteiros dos prédios. Em seguida, arrombavam as portas das casas e apartamentos e praticavam o crime. O grupo usava rádios comunicadores para vigiar a aproximação da polícia. 
 
As vítimas eram identificadas por meio de nomes e sobrenomes lançados em cadastros abertos na internet. Eles eram escolhidos pela organização criminosa porque costumam guardar quantias elevadas de dinheiro em casa e raramente registram as ocorrências na polícia.