O governador Ibaneis Rocha (MDB) segue sem previsão de alta hospitalar — ele está internado desde segunda-feira. O chefe do Executivo local está sob os cuidados da equipe médica do Hospital DF Star, na Asa Sul, da Rede D’Or, após ter passado por uma cirurgia no aparelho digestivo na madrugada de ontem. Profissionais da saúde acreditam que um osso ingerido durante a alimentação provocou a perfuração intestinal, o que levou à necessidade da operação de emergência.
Ao Correio, Ibaneis afirmou que a cirurgia correu bem. “Foi um sucesso (cirurgia). Terminou às 4h da manhã”, disse. Contudo, apesar de a operação ter ocorrido sem complicações, a equipe médica destaca a necessidade do acompanhamento nas primeiras 48 horas pós-cirurgia.
O procedimento ocorreu por volta da 1h de ontem pelo cirurgião Ronaldo Cuenca. Também participaram da operação o médico intensivista Marcelo Maia, coordenador das Terapias Intensivas Rede D’Or, e o cardiologista João Poeys Jr., coordenador Médico da Emergência do DF Star. “O pós-operatório é muito importante, todo corpo reage a uma cirurgia e precisamos acompanhar isso. Então, essas 48 horas de observação são muito importantes para nós”, ressaltou Cuenca. O emebedista está consciente e respira sem ajuda de aparelhos.
O cirurgião explicou que a perfuração ocorreu em um ponto do intestino em que há facilidade maior para o ato cirúrgico, o que reduziu riscos. “Foi um corpo estranho que, provavelmente, passou despercebido na ingestão de algum tipo de alimento, a suspeita maior recai sobre um pedacinho de um osso de galinha ou espinha de peixe. Ele atingiu um lugar do intestino em que podemos mexer com mais tranquilidade e facilidade”, esclareceu.
Consulta de rotina
Ibaneis esteve do Hospital DF Star na última quinta-feira e permaneceu na unidade até sábado para passar por um check-up. O governador, no entanto, deixou o local sem nenhum problema de saúde, mas sentiu-se mal na tarde de segunda-feira.
De acordo com os médicos, ele apresentava fortes dores abdominais. “Logo que chegou, foi medicado e submetido a diagnósticos. Os exames não mostraram alterações, mas ele foi mantido conosco e, seis horas depois, repetimos os exames e começaram a haver alterações”, contou o diretor-geral do Hospital DF Star, Pedro Henrique Loretti.
“Após o resultado da nova tomografia, avaliamos a possibilidade de intervenção cirúrgica”, acrescentou Marcelo Maia.Porém, os exames não foram suficientes para um diagnóstico exato e, também, por isso, houve a decisão pela cirurgia por vídeo. “Foi uma decisão correta, poderíamos encontrar um quadro muito pior”, avaliou o cirurgião Ronaldo Cuenca. Um novo boletim médico sairá hoje, às 10h.