Correio Braziliense
postado em 25/05/2020 19:40
No início, tudo é uma descoberta, há desejo, surpresa e o sexo é um momento de euforia. O problema é que, com o passar do tempo, muitas relações esfriam e a falta de contato com o outro fica ainda mais evidente durante o isolamento social.
A sexóloga Danni Cardillo explica que essa diminuição na atividade sexual vem, em grande parte, pela perda de conexão e diálogo entre o casal. “A rotina, o estar sempre cansado, a falta de conversa. Tudo isso proporciona um distanciamento do outro e consequentemente a falta de desejo. Fatores que ficam mais evidentes na quarentena, pois aquele casal que mal se tocava, agora é obrigado a conviver em tempo integral."
A boa notícia é que o cenário pode ser revertido e até mesmo evitado com algumas técnicas simples. Tudo se resume a voltar a despertar e provocar desejo no outro. Confira algumas orientações simples que podem ajudar a tornar as demonstrações de afeto mais constantes.
Converse sobre fantasias
Não é só fazer sexo, é preciso falar de sexo. É apenas por meio da conversa que o parceiro passa a conhecer os desejos do outro e a construir uma relação onde há espaço para explorar novas possibilidades.
Os tabus devem ser deixados de lado nesse momento, o que pode não ser uma tarefa fácil, já que o medo da recriminação é o fator que mais inibe parceiros de contar suas fantasias.
De acordo com Danni Cardillo, é comum que homens e mulheres liguem o fato de o parceiro trazer novos elementos — massagens e brinquedos — à infidelidade, quando na verdade é essa falta de abertura para a novidade que gera casais frustrados e infiéis. “A liberdade tem que ser trabalhada no casal. É dessa forma que ambos vão poder realizar seus fetiches e serem sexualmente realizados um com o outro”, diz a sexóloga.
Trabalhe a conexão com o outro
O sexo mecanizado, sem carinho ou atenção, é uma das principais reclamações de casais de longa data. Para evitar o distanciamento, a estratégia é estar mais atento ao corpo do outro e, por exemplo, tatear o parceiro com os dedos. “Esse simples toque ativa as terminações nervosas, provocando a liberação de dopamina, endorfina e oxitocina. Traduzindo, o casal acende o desejo”, garante Cardillo.
Verbalizar é outra estratégia para apimentar a relação. Ao ser elogiado ou ao ter uma resposta de satisfação, o parceiro tem a autoestima elevada, e é preciso segurança em si mesmo para que a transa seja melhor e mais provocativa, garante a sexóloga.
Altere a rotina
Mudar a forma com que encaram as pequenas atividades diárias pode ser um prato cheio para os amantes se surpreenderem. “Experimentem tomar banho juntos, transar em outro local da casa que não seja o quarto. Se vocês só transam à noite, tentem fazer isso à luz do dia, quando a visão do outro também possa ser explorada”, orienta.
Para os mais desinibidos, a dica é colocar um filme erótico, uma fantasia ou trabalhar a dominação. Nesse momento, vale tudo. Cordas, algemas, vendas, vibradores e o que mais deixar o outro mais à vontade para ser explorado. “Tudo que gera uma sensação nova e brinca com o imaginário ajuda a reprogramar o casal a se desejar novamente”, garante Danni.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer
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