Familiares de detentos se reuniram na manhã desta sexta-feira (22/5) em frente à Vara de Execução Penais (VEP) para pedir meios de comunicação com os presos. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as visitas estão suspensas. Segundo os manifestantes, há uma grande quantidade de encarcerados contaminados, com quadro clínico grave, enquanto familiares e pessoas próximas não têm notícias da saúde e segurança dos detentos.
Com roupas brancas e cartazes, dezenas de manifestantes se reuniram às 11h, acompanhados pela Polícia Militar. Um deles, que não quis se identificar, disse que esteve preso no mês passado e presenciou condições inadequadas de higiene. “Os agentes penitenciários entram com as botas e roupas sujas nas celas e acabam levando o vírus para quem está lá. Fizeram uma limpeza com hipoclorito, mas tinha que ter um tapete, uma desinfecção ali antes que eles entrassem nas celas”, diz.
De acordo com dados do boletim da Secretaria de Saúde, 590 membros do sistema penitenciário do DF foram contaminados pela covid-19 e uma pessoa morreu. A a Secretaria de Segurança Pública (SSP) reforça que quatro unidades prisionais têm mais policiais recuperados do que doentes e que uma força-tarefa foi criada com várias ações para impedir o avanço da doença no sistema.
A pasta também informou que as informações do estado de saúde de cada preso estão sendo repassadas às famílias por meio das equipes das unidades prisionais, e que há um canal de troca de mensagens entre familiares e internos durante o período da suspensão das visitas. Manifestantes também reclamaram da falta de retorno das mensagens enviadas à esse canal.