O homem de 55 anos que morreu na última quarta-feira (20/5) após ser infectado pelo coronavírus no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) havia recebido alta há mais de três meses, mas ainda estava na unidade de saúde aguardando vaga em abrigo.
O morador de Ceilândia havia sido hospitalizado para um tratamento de doenças crônicas. Em 16 de fevereiro, recebeu alta, mas ficou sob internação social, pois “a família não apresentou condições de recebê-lo”, segundo a Secretaria de Saúde. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) afirmou que o caso chegou ao órgão somente em 15 de maio.
“O MPDFT recebeu relatório social do Núcleo de Serviço Social do HRC sobre a situação de fragilidade sociofamiliar do paciente. A partir desse documento, a Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência (Proped) requisitou à central de vagas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) o acolhimento em residência inclusiva para pessoas com deficiência adequada às suas necessidades”, informou o MPDFT, em nota.
O caso também foi acompanhado pela Defensoria Pública, para atuação na defesa dos direitos individuais do paciente. Em 19 de maio, a central de vagas respondeu que estava dando prioridade a esses casos de pessoas com deficiência internadas em hospitais e em condição de alta médica.