A Secretaria de Saúde conta com um total de 32 mil servidores, sendo que 19,2 mil atuam no combate ao coronavírus. Desde 9 de abril, 7.628 profissionais passaram pelo teste, com total de 216 diagnósticos. Nas unidades sob administração do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges), 182 infectaram-se, a maioria no Hospital de Base e no Hospital Regional de Santa Maria (93). Desses, 65 estão curados.
Thaís Fernandes de Oliveira, 30 anos, integra a estatística dos servidores infectados na área da saúde. Há oito anos, ela atua na área da enfermagem do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas está afastada há uma semana do trabalho. “Tem sido muito difícil. Mesmo que tenha área separada para pacientes com suspeita ou confirmação, há outras áreas do hospital. Além disso, por causa dos profissionais que estão infectados e afastados, hoje, existe uma sobrecarga”, comenta.
A enfermeira Rubia Marcia Carvalho, 42, também afastou-se do trabalho por causa da covid-19. Desde o início da pandemia, ela relata que a rotina no Posto de Saúde do Areal é estressante. “Mesmo vestindo aquele monte de roupa, parece que você não está seguro. Temos medo de tudo, de conversar um com o outro, com o paciente. Mas temos de enfrentar. O que a gente gostaria mesmo é de poder testar sempre, porque nos deixa mais tranquilos”, afirma.
Assintomática, Rubia recebeu o exame positivo para a covid-19 na segunda-feira. “Poderia passar para outros colegas, mas a testagem possibilitou que eu não propagasse a doença. Ela salva tanto quanto o tratamento”, explica. “Todos os dias, chegam pacientes suspeitos. Teve paciente que encaminhei direto para o Hran de Samu, teve quem chegou se queixando de algo no pé e, de repente, começou a tossir. Quando começamos a investigar, era covid.”
O Governo do Distrito Federal (GDF) garantiu que todos os protocolos de segurança são tomados por parte dos servidores em contato com pacientes infectados, bem como a utilização dos equipamentos de proteção individual.