No dia em que o Distrito Federal bateu o recorde de mortes por covid-19 em um mesmo dia (leia mais na página 20), uma pesquisa da Companhia de Planejamento (Codeplan) estima que a unidade da Federação pode registrar um salto de mais de 500% no número de óbitos pela doença em menos de um mês. De acordo com o estudo, até 16 de junho, o DF terá 412 mortes provocadas pelo novo coronavírus.
Seguindo a tendência vista em outros países, de uma crescente exponencial de contaminação, os dados apontam que, até o próximo domingo, serão 7.659 diagnosticados e 84 mortos — ontem, no boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde, havia 4.898 casos confirmados e 68 óbitos. No fim de maio, as análises apontam para mais de 130 mortes e 13.395 infectados. Em junho, a previsão é de 45.602 notificações da doença.
Apesar de crescente, os pesquisadores analisaram que o número de casos acumulados no DF aumentava de maneira desacelerada quando comparado às semanas anteriores. Contudo, houve uma mudança. Entre 10 e 16 de maio, as confirmações cresceram de forma acelerada. Para a Codeplan, a variação pode ter ocorrido em função da queda do isolamento social na capital.
Outro ponto é a incidência da doença entre homens e mulheres. Os dados revelam que é maior entre os homens, mas a letalidade atinge mais mulheres no DF, “ao contrário do que é observado na maioria dos países e no Brasil”. Os dados foram analisados até 17 de maio, quando o DF tinha 4.451 casos e 59 óbitos.