Cidades

Ministério Público: testes rápidos têm eficácia com sete dias de sintomas

Nota técnica emitida pelo órgão pede que o governo avalie um contexto amplo da pandemia antes de relaxar as medidas de isolamento social

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) emitiu uma nota técnica avaliando os meios diagnósticos laboratoriais usados no DF para identificação de pessoas infectadas pelo coronavírus, e concluiu que os testes rápidos disponibilizados pelo governo têm maior eficácia a partir do sétimo dia depois de iniciados os sintomas.

A nota, feita em parceria entre a força-tarefa do MPDFT, que acompanha as ações de combate à doença, com a Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços (Pró-Vida), avaliou cinco testes rápidos. A conclusão se baseou na forma como é feita a avaliação.

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O exame é capaz de identificar dois anticorpos diferentes contra o vírus: um que indica infecção recente, e outro que indica que a pessoa desenvolveu imunidade. O resultado positivo no teste rápido não consegue definir se há infecção ativa no momento da testagem, apenas que houve exposição ao vírus. 

O documento se baseou em publicações de entidades médicas e do Ministério da Saúde, e afirma que, para definir um quadro de covid-19, são necessárias informações clínico-epidemiológicas, exames laboratoriais, e tomografia computadorizada.

O objetivo da nota técnica é oferecer subsídios aos procuradores e promotores de Justiça que estão atuando em assuntos relativos à pandemia. Para a Pró-Vida, não basta garantir a segurança dos cidadãos, mas é preciso também avaliar um contexto amplo antes de relaxar as medidas de isolamento social.

O Ministério Público reforça a necessidade de que aqueles que recebam diagnóstico positivo em testes rápidos, sejam acompanhados e tenham suporte em casos de dúvidas ou complicações.


*Com informações do MPDFT*