Cidades

Homem é morto pela PM após manter mulher em cárcere privado na Asa Norte

Segundo informações preliminares, o suspeito é militar da reserva e sofreu um surto na madrugada desta quinta-feira (14/5)

Um morador da Asa Norte, de 69 anos, foi morto pela Polícia Militar após manter a mulher, 67, em cárcere privado na madrugada desta quinta-feira (14/5). O casal morava no Bloco D, da 111 Norte. Segundo o informações preliminares, ele era PM da reserva e teria tido um surto psicótico. 

De acordo com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom), policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de violência doméstica em um apartamento. Chegando ao imóvel, foram recebidos pela vítima na porta. Nesse momento, o acusado saiu do quarto armado.

O homem teria dito “aqui quem manda sou eu, saiam do meu apartamento, senão vou resolver desse jeito aqui”, mostrando o revólver e apontando contra os militares. A equipe saiu do apartamento, mas permaneceu no hall de entrada. Minutos depois, a mulher apareceu na porta e foi retirada do imóvel pelos policiais.

Após resgatar a vítima, a PM tentou negociar com o acusado, contudo ele se mostrava bastante alterado, segundo os militares. Diante da situação, a equipe pediu apoio ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e a um negociador da corporação. Segundo os militares, houve uma tentativa de negociação amigável, mas o homem continuava nervoso e não queria se entregar. 

Minutos após uma tentativa de negociação, o acusado teria efetuado dois disparos de arma de fogo contra os policiais. Em resposta, a equipe também atirou e acabou atingindo o homem, que morreu na hora. Segundo relatou a mulher aos policiais, o tenente aposentado passava por problemas pessoais. 
 
Por meio de nota oficial, a Polícia Militar informou que agiu em legítima defesa e que os policiais adotaram todos os procedimentos protocolares previstos para esses casos, "sempre com a preocupação de preservar a vida". "Porém, o agressor não cedeu", diz o texto.
 

Feminicídio na Asa Norte 

Em 30 janeiro de 2019, na 310 Norte, a servidora da Secretaria de Educação do DF Veiguima Martins, 55 anos, foi morta pelo marido, José Bandeira e Silva, 80. Ela teria decidido dar um fim ao relacionamento, no entanto, ele não aceitou e a matou a facadas, em seguida, ateou fogo no apartamento onde moravam.
 
O intuito era simular um incêndio acidental para apagar as provas do crime. Após inalar muita fumaça, ele não resistiu e também morreu. 

Moradores do Bloco A da 310 Norte acionaram o Corpo de Bombeiros por volta das 4h40, para apagar um incêndio em um imóvel do quarto andar do prédio. Ao entrar no apartamento 401, os militares encontraram o corpo carbonizado de Veiguima no quarto do casal.
 
Na cozinha, estava José, desacordado e com um corte na nuca. Os socorristas o levaram para o pilotis, onde tentaram reanimá-lo com massagem cardíaca, por 50 minutos, sem sucesso. O fogo foi apagado em 20 minutos. Veiguima foi a terceira vítima de feminicídio no DF em 2019. 

Onde pedir ajuda? 

Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência —  
Secretaria de Políticas para as  Mulheres da Presidência da República 
Telefone: 180 (disque-denúncia) 

Centro de Atendimento à Mulher (Ceam) 
De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h 
Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina 

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 
Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul 
(61) 3207-6172 

Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos 
Telefone: 100 

Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar 
Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350