Correio Braziliense
postado em 11/05/2020 16:32
Investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) identificaram o segundo suspeito de cometer o assalto a casa no Lago Sul, no início da tarde de domingo (10/5). As vítimas estavam reunidas para um almoço de Dia das Mães. O acusado é um homem de 53 anos, que estava em prisão domiciliar desde o fim de 2019. Ele tinha diversas passagens por roubo e é procurado.De acordo com o delegado-chefe da DP, Wellington Barros, o acusado morava no município goiano de Luziânia, mas havia se mudado para o Distrito Federal nos últimos meses. Ele seria o mentor do roubo e agiu com um comparsa, de 20 anos, que residia em Ceilândia. Gabriel Rodrigues da Silva estava em liberdade provisória desde agosto de 2019, pelo crime de tráfico de drogas, conforme processo eletrônico do Tribunal de Justiça do Distrito Federal de dos Territórios (TJDFT). Ele morreu durante o assalto, atingido por tiro disparado por delegado da 4ª DP (Guará), que participava da festa quando todos foram surpreendidos pelos assaltantes.
O delegado e o pai dele, que também era servidor da corporação, mas aposentado, prestaram depoimento. A mãe do investigador e a mulher dele ainda vão dar as versões sobre o crime.
Segundo o delegado Wellington Barros, os criminosos chegaram até a região administrativa em um Honda CR-V. O veículo foi apreendido para perícia do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil. Enquanto isso, os policiais apuram como os suspeitos conseguiram o automóvel — e se foi fruto de roubo ou de furto.
“Eles estacionaram o carro no comércio próximo da residência. Depois, seguiram até o local e entraram pulando a grande lateral da casa. O mais velho chegou pela sala e rendeu as mulheres. O comparsa foi pela porta lateral da cozinha e rendeu o delegado e o pai dele, que estavam conversando”, explica.
Ambos os assaltantes estavam usando máscaras e luvas, o que demonstra que a ação foi premeditada. Eles estavam armados. “O suspeito de 20 anos mandou que o delegado e o pai dele entregassem os celulares. Nesse momento, o policial civil tocou na cintura e o criminoso se mostrou violento. Com o revólver apontado para o rosto da vítima, perguntou o que ele estava pegando”, relata.
“O delegado disse que estava pegando o celular, mas o assaltante continuou tenso. Nesse momento, o policial aposentado pediu para que o jovem ficasse calmo. Ele se distraiu por um instante e o delegado achou que seria a melhor hora para agir. Com uma mão, ele afastou o braço do suspeito, tirando a arma do próprio rosto. Com a outra, pegou a pistola e atirou”, acrescenta o Wellington Barros.
O comparsa, que estava na sala de estar com as demais vítimas, escutou os disparos e fugiu. Ele não chegou a ir para a cozinha ver o que havia ocorrido. O acusado saiu correndo e passou por um beco que dá acesso ao comércio local. A fuga foi filmada por câmera de segurança (veja abaixo). “No comércio, ele tentou entrar no Honda CR-V, mas não conseguiu. Por isso, deixou o local a pé. Nós apreendemos o veículo e ele passará por perícia”, destaca o investigador.
Ainda conforme análise do delegado, os depoimentos das duas vítimas indicam que o assassinato de um dos ladrões ocorreu por legítima defesa. “Contudo, isso só poderá ser confirmado com o resultado dos laudos que solicitamos. Mas cabe destacar que será uma decisão do Ministério Público e da Justiça”, acrescenta Wellington Barros.
Os agentes da 10ª DP solicitaram o laudo do local do crime, exame cadavérico e do veículo usado pelos criminosos. As análises dos especialistas da PCDF devem ficar prontas, no máximo, em 30 dias. “Agora, trabalhamos para avançarmos em outros pontos da investigação e encontrar o segundo envolvido”, finaliza o investigador.
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