Um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal matou a tiros um homem que invadiu uma casa no Lago Sul, na tarde de ontem. O investigador estava em um almoço com os pais e a mulher, por ocasião do Dia das Mães, quando foi surpreendido pelo suspeito, um jovem de 20 anos. Armado com um revólver, o criminoso anunciou o assalto e exigiu os celulares do policial e do pai dele, delegado aposentado pela mesma instituição. Após um descuido, enquanto mantinha as vítimas sob ameaça, o assaltante acabou baleado. Um comparsa dele, que não chegou a entrar no imóvel, escapou e, até o fechamento desta edição, não havia sido encontrado.
O investigador, que não teve o nome divulgado, é delegado cartorário da 4ª Delegacia de Polícia (Guará 2). O assalto ocorreu por volta das 12h, enquanto ele e o pai conversavam na cozinha da casa. Depois de ouvirem um grito abafado da mãe do policial, o criminoso rendeu os dois homens no cômodo e pediu os celulares deles. O delegado afirmou que tentava pegar o celular na cintura e, em um momento de distração do criminoso, sacou a arma e disparou cerca de três ou quatro vezes.
Tráfico de drogas
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o comparsa fugiu por um beco que leva a um comércio da região. Até a noite de ontem, equipes das polícias Civil e Militar trabalhavam na área. Helicópteros da PM sobrevoaram o Lago Sul, e a Divisão de Operações Especiais (DOE), da Polícia Civil, montou um cerco para tentar prendê-lo. O caso é investigado pela 10ª DP (Lago Sul).
Chefe da unidade, o delegado Welington Barros afirmou que tudo aponta que o policial agiu em legítima defesa. Os resultados dos exames periciais e a análise dos depoimentos vão auxiliar nessa apuração, segundo o investigador. “Demoramos para identificar o que morreu, mas descobrimos que ele tinha 20 anos e era morador de Ceilândia. Ele estava em liberdade provisória por crime de tráfico de drogas. Foi uma atitude muito ousada dos bandidos em invadir a casa em pleno Dia das Mães”, comentou Welington. (JE)