Cidades

GDF aposta na telemedicina para reduzir filas; serviço começa em 3 semanas

Convênio firmado entre Governo do Distrito Federal e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, terá investimento de R$ 10 milhões. Serviço de atendimento por conferência deve começar a funcionar em três semanas por meio de um aplicativo

As secretarias de Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovação, além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, firmaram uma parceria para desenvolver um sistema de atendimento médico a distância. O serviço tem previsão de começar a funcionar daqui a três semanas e visa aliviar as filas nas unidades de saúde durante a pandemia. O convênio de cooperação técnico-científica — fechado entre o Executivo local, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF), e a entidade — contará com um investimento de R$ 10 milhões em projetos para diagnóstico e tratamento da covid-19.

O principal resultado da parceria é a implementação da telemedicina no Distrito Federal. Inicialmente, o sistema permitirá acelerar a assistência em casos de urgência. “Essa plataforma vai criar condições para pacientes serem atendidos mais rapidamente pelo Samu, para melhorar nosso mapeamento de leitos e gestão de filas. (A iniciativa) vai fazer uma revolução na gestão de dados e do sistema de saúde”, afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo.

A previsão é de que o programa continue em operação após o fim da pandemia e que a fila de consultas seja zerada depois de a crise sanitária passar. “Com a inteligência artificial, o médico vai dar parecer e pedir até exames a distância. Em alguns casos, o paciente não precisará ir nenhuma vez ao médico presencialmente para receber diagnósticos, receitas e encaminhamento”, adiantou o secretário.

Pesquisas
Até a data em que a ordem de serviço foi assinada, na terça-feira, havia 250 voluntários de Brasília e de outras partes do país cadastrados no projeto. Residentes da Fiocruz Brasília também participarão da iniciativa. Estão previstos a avaliação e o fomento de soluções em saúde digital, de projetos de inovação, serviços e de produtos tecnológicos que permitam o enfrentamento da doença.

Além do desenvolvimento de um aplicativo, o valor investido será usado na criação de uma rede cooperativa de ciência e tecnologia de saúde fortalecida; no desenvolvimento de pesquisas sobre o combate a doenças; na capacitação de profissionais; e no uso de ferramentas tecnológicas, como realidade virtual e big data. Segundo a Fiocruz Brasília, a ordem de serviço firmada dá início ao convênio de cooperação técnico-científica.

A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, afirmou que o documento assinado com a FAP/DF e em parceria com as secretarias reitera o compromisso da entidade para o desenvolvimento de tecnologias que auxiliem no diagnóstico, na prevenção e no tratamento da covid-19. Fabiana também destacou que o trabalho se estende para a capacitação de profissionais. “Com essas ações, temos como objetivo o fortalecimento da rede de inovação digital do Distrito Federal para o fomento às ações de saúde”, comentou.

*Colaborou Alexandre de Paula