Cenário drástico
Um estudo da Secretaria de Economia do DF estima o impacto da crise causada pelo novo coronavírus em setores de comércio e de serviços da capital federal. A previsão é pessimista e drástica para muitas áreas. Bares e restaurantes podem amargar, segundo a análise da equipe do governo, perda de até 70% no faturamento anual, no pior cenário. Em números absolutos, isso representaria quase R$ 2 bilhões a menos e a demissão de 16,5 mil funcionários. Mesmo em setores que puderam continuar abertos na pandemia, a queda deve ser acentuada. No ramo de combustíveis, a perda, no pior cenário, é prevista em mais de R$ 6 bilhões (50%).
Arrecadação
Todos os danos causados pela crise econômica do novo coronavírus terão reflexo na receita do governo. A estimativa da equipe econômica é de que a arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e com o Imposto Sobre Serviços (ISS) seja R$ 1,2 bilhão e R$ 292 milhões, respectivamente, menor do que a projetada na Lei Orçamentária Anual deste ano.
Ajuda para controlar situação da Papuda
O governador Ibaneis Rocha (MDB) foi ao Palácio do Planalto, ontem, conversar com o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre as estratégias contra a crise da Covid-19. Algumas ações do DF, disse o emedebista, devem ser adotadas em outros locais do país. Ibaneis aproveitou o encontro para pedir ajuda do presidente para controlar a situação na Papuda. O complexo tem 334 casos confirmados da doença.
Crítica
Sergio Moro voltou a direcionar críticas ao secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. No depoimento na Polícia Federal, Moro afirmou que Torres era um dos nomes na lista do presidente Jair Bolsonaro para assumir a direção da PF, mas ressaltou acreditar que o delegado não tinha história profissional na Polícia Federal que o habilitasse ao cargo, além de ser próximo à família do presidente. Torres foi um dos secretários que liderou, em janeiro, movimento a favor da separação da divisão do ministério, então comandado por Moro, em dois para tirar a Segurança Pública das mãos do ex-juiz.
Sanções
Na Câmara Legislativa, distritais reclamam da demora do GDF para sancionar projetos da Casa relacionados ao combate à Covid-19. A avaliação é de que o Executivo tem deixado para trás iniciativas dos parlamentares mesmo com o apoio recebido na maior parte das proposições protocoladas pelo próprio governo. Em tempos de pandemia, a demora, avaliam os deputados, pode tornar os projetos inúteis.
Covid-19 ataca a cultura nacional
O vírus tem sido cruel com a cultura do país. Nesta semana, levou Aldir Blanc, um dos maiores letristas da MPB, e o titã Ciro Pessoa. Ontem, o escritor Sérgio Sant’Anna, um dos mais brilhantes contistas brasileiros, foi internado com sintomas da doença no Rio de Janeiro. O Brasil ultrapassa 7,5 mil mortes. Ainda há espaço para discursos negacionistas?
Atividades para os idosos
Uma emenda do deputado distrital Fábio Felix (PSol) destinará R$ 150 mil para bancar a realização de atividades físicas e de criatividade para os idosos que estão hospedados no programa do GDF Hotelaria Solidária para se proteger do novo coronavírus. A intenção é que, com os recursos, seja possível proporcionar a eles mais qualidade de vida durante o período de isolamento.
Só papos
Só papos
“Continuam as fake news contra mim, abaixo uma feita utilizando falsamente o nome do ministro (do STF) Ayres Britto para veicular louvores ao presidente da República e críticas a mim. Será que abandonamos toda e qualquer dignidade?”
Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública
“Caro Sergio Moro, outra vez bem-vindo ao mundo das pessoas difamadas por calúnias e fake news da organização criminosa bolsonarista! No meu caso, elas geraram ameaças de morte. Você fingiu por quase dois anos que essa organização não existia porque ela lhe beneficiava, não é?”
Jean Wyllys (PSol-RJ), ex-deputado federal