Cidades

Polícia Civil prende suspeitos de praticar crimes cibernéticos

PCDF deflagrou a Operação Testa de Ferro para combater fraudes em transações bancárias. Prejuízo é de mais de R$ 800 mil em apenas uma ação dos criminosos

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta segunda-feira (4/5), a Operação Testa de Ferro, com o objetivo de coibir transações bancárias fraudulentas. Agentes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) prenderam, temporariamente, duas pessoas, além de cumprirem dois mandados de busca e apreensão, no Riacho Fundo e em Samambaia.  

A investigação é consequência de uma série apurações de fraudes bancárias, que tiveram início em junho do ano passado. Os investigadores identificaram uma associação criminosa especializada em lavagem de dinheiro. Os envolvidos acessavam as contas bancárias das vítimas, faziam transações para incrementar o saldo e, em seguida, transferiam valores para outras contas, por meio das quais sacavam o dinheiro ou simulavam compras. De acordo com a PCDF, em apenas uma ação os criminosos causaram um prejuízo de cerca de R$ 824 mil às vítimas.

“Num primeiro momento, nós identificamos fraudes bancárias cometidas contra empresas de São Paulo. Esse dinheiro era furtado da conta da empresa e transferido para contas de pessoas em todo o Brasil, no Distrito Federal e na região Norte, principalmente. Aqui no DF, no ano passado, a gente conseguiu prender três pessoas que emprestaram suas contas para receber parte desse valor furtado da empresa de São Paulo. A investigação continuou, no sentido de identificar quem são os recrutadores. Ou seja, quem pede as contas emprestadas para cidadãos de Brasília, para possibilitar esse crime”, explicou o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuuliani. 

Saiba Mais

Nas buscas, foram encontrados comprovantes de depósitos, cartões de crédito e máquinas de transações. De acordo com Giancarlos, o prejuízo tende a ser bem maior do que o apurado até então, já que as pessoas presas na operação desta segunda-feira (4/5) estão diretamente envolvidas em mais de 30 crimes relacionados a furto de valores de contas bancárias. “Só neste caso específico, foram R$ 824 mil. Estamos falando de um caso entre 30. Então, temos outras situações, que estamos apurando. Mas o prejuízo é alto”, pontuou o delegado.

De acordo com Giancarlos, as investigações continuam. “Agora, a intenção é continuar a investigação para subir mais um degrau e identificar quem é o verdadeiro coordenador desse esquema criminoso” disse o investigador. Os detidos vão responder por lavagem de dinheiro, furto mediante fraude e associação criminosa.




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