Cidades

Possibilidades na quarentena



Os irmãos Ronney Portela, 30 anos, e Thayse Portela, 29, comandam o Shopping da Casa, negócio criado em 2012. A rede, que conta com quatro lojas (Riacho Fundo, Samambaia Sul, Taguatinga Norte e Taguatinga Sul), já tinha forte presença digital, especialmente no Instagram, usado para mostrar produtos e bastante elogiado pelos clientes. Mesmo assim, os irmãos viram a importância da comunicação digital crescer durante a crise. A empresa de materiais para o lar precisou se reinventar na pandemia.

 “Ficamos mais de 20 dias sem atividades, até que vi que precisava fazer algo. Montei um esquema de delivery e hoje enxergo 1 milhão de oportunidades, porque fizemos um trabalho em nossa conta do Instagram e hoje recebemos pedidos de clientes que não conheciam a loja”, conta Ronney. Na rede social, o Shopping da Casa tem quase 30 mil seguidores. O público confere produtos e pode conversar com lojistas pelo celular, o que permite uma experiência semelhante a um passeio pela loja física.

É possível negociar os pedidos pelo WhatsApp para serem entregues em casa ou serem retirados nas unidades. “Vimos que 40% das entregas que fazemos são para clientes que nunca nos visitaram pessoalmente. Nosso diferencial é a comunicação nas redes sociais com um atendimento humanizado”, defende o empresário. “O seguidor diz que precisa de um copo, eu envio 10 fotos, de 10 modelos para ele. Chamo pelo nome, mando vídeo, faço o que posso”, explica. O trabalho na web cresceu tanto que, antes, duas pessoas eram responsáveis pela conta no Instagram; hoje, são oito. O investimento compensou e se traduz em avanços, mesmo com a crise.

“Nossa demanda aumentou 200% por este período que estamos vivendo. Quando a pandemia passar, quero continuar com esse serviço de delivery, que vi ser uma boa oportunidade”, adianta. Ronney diz, ainda, que o mercado de produtos para o lar tem ganhado novas caras neste período, já que os brasilienses estão passando mais tempo em casa e querem se sentir confortáveis no ambiente. “Antes, muito gente só ficava mesmo em casa no fim de semana, mas, agora, muita mais gente tem mais tempo de colocar um papel de parede, comprar um objeto para a cozinha ou para a sala”, destaca.