Há quase dois meses do primeiro diagnóstico do novo coronavírus, o Distrito Federal tem 1.720 casos confirmados e 33 mortes provocadas pela doença, de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde. A pasta confirmou, ontem, mais um óbito causado pela Covid-19 na capital. A vítima era um homem de 67 anos, morador do Sol Nascente. De acordo com a pasta, ele tinha comorbidades como diabetes e hipertensão.
A nova vítima começou a apresentar sintomas da doença em 7 de abril, e precisou ser internada 10 dias depois. Ele estava no Hospital Regional de Santa Maria desde 17 de abril e faleceu na última sexta-feira. Levantamento da Secretaria de Saúde mostra que há 100 pessoas em unidades de saúde da capital. Dessas, 44 têm quadro clínico considerado grave e estão em unidades de terapia intensiva (UTIs).
Dos óbitos registrados na capital, todas as vítimas apresentavam alguma comorbidade ou tinham mais de 60 anos, faixa etária considerada de risco pelos órgãos de saúde. Ao todo, são 15 mulheres e 17 homens mortos pela Covid-19. A maioria das pessoas que perderam a vida por coronavírus tinha mais de 80 anos. Além disso, há 1.034 recuperados da doença.
A maioria dos diagnósticos de coronavírus é em pessoas entre 30 e 39 anos, que somam 529 casos. Com 374 notificações, o segundo grupo etário com mais infectados é o de pessoas com idade entre 40 e 49 anos. Além disso, há 217 pacientes com mais de 60 anos, considerados do grupo de risco.
Desde 21 de abril, a Secretaria de Saúde iniciou testes rápidos em drive-thru. Até o momento, 43.707 pessoas passaram por esse tipo exame na capital. A partir de hoje, o serviço será ampliado para o Gama e Planaltina. Os interessados precisam fazer o agendamento no site da pasta (https://sistemas.df.gov.br/mteste/). Plano Piloto, Águas Claras, Ceilândia, Sobradinho e Taguatinga também promovem as análises.
A taxa de isolamento social, única medida eficaz comprovada para combater a disseminação do novo coronavírus, subiu para 56,9% no Distrito Federal. Levantamento de uma empresa de softwares mostra que o índice cresceu na última sexta-feira. Anteriormente, a pesquisa indicava que 49,31% dos brasilienses cumpriam a medida.
Isolamento
Apesar do aumento, o DF saiu do topo do ranking brasileiro das regiões que mais respeitam o isolamento social. Com taxa de 57,8%, o Maranhão lidera a pesquisa, seguido pelo Pará, que tem índice de 57,3%. De acordo com a Secretaria de Saúde local, o ideal seria que a taxa de isolamento social na capital se mantivesse, pelo menos, em 70%.
Por outro lado, há unidades da Federação com baixa taxa de isolamento social. Roraima, onde a taxa é de 44,82%, é a última colocada no ranking. Mato Grosso do Sul (45,89%) e Mato Grosso (48,28%) são as outras regiões em que menos se respeita as medidas de restrição.