As regiões administrativas com alta incidência de dengue foram Plano Piloto, Varjão do Torto, Candangolândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Fercal, Planaltina, Sobradinho I, Sobradinho II, Brazlândia, Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Gama e Santa Maria.
Para combater este cenário e contribuir no enfrentamento do Covid-19, em mais uma ação integrada, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou desde o final de março o programa Sanear/DF, com as medidas necessárias para reduzir o impacto causado por essas enfermidades.
O programa é formado por servidores de empresas e secretarias do GDF, com apoio do programa GDF Presente, que retira lixo, entulho e sucata das ruas, lava e higieniza feiras, escolas, terminais rodoviários, paradas de ônibus, estações de metrô, unidades de saúde, praças e demais áreas de grande circulação de pessoas.
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O problema se estende por todo o DF. A costureira Mônica Vegas, 46, moradora do Gama, disse que a região onde mora há casos de contaminados. “Já peguei duas vezes dengue só este ano. Minha vizinha também contraiu. E nesse momento de pandemia, quarentena, devemos ter cuidado para não lotar ainda mais as unidades de saúde e, para isso, os órgãos precisam ajudar nesse combate contra o mosquito”, afirma. Recentemente, o Gama recebeu a equipe da Sanear-DF.
Além da água parada, outros problemas são recorrentes. O vendedor Saullo Coelho, 43 anos, morador do Setor O, em Ceilândia, disse que terrenos baldios estão sendo usados por donos de oficinas de veículos para colocar carcaças de carros. “O problema acontece por todo o Setor O, os mecânicos deixam as sucatas acumulando sujeira, o que desencadeia uma série de problemas, como a dengue”, conta. “E algumas áreas passam ônibus, e a carcaça ultrapassa o território, atrapalhando a via”, complementa.
Para combater essas ações, a Secretaria DF Legal informou que já realiza operações fiscais no Setor de Oficinas, do Setor O, autuando os proprietários pelo depósito irregular de sucatas. Além disso, a Gerência de Regularização e Fiscalização de Faixa de Domínio do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) iniciou, na última quarta-feira (22/4), a operação de retirada das carcaças de automóveis nas marginais das rodovias distritais. O exercício tem objetivo de evitar a criação e a proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti em restos de carros e de peças abandonadas.
A operação é realizada em conjunto com o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), que também auxilia na retirada de entulho, e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), que integram a Sala Distrital Permanente de Coordenação e Controle das ações de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes Aegypti (SDCC), da Secretaria de Saúde do DF. As equipes que participam da operação continuarão o trabalho pelas próximas semanas, vistoriando e removendo os restos de veículos nas rodovias já mapeadas.
Participar é necessário
A SES-DF pede o engajamento da população no combate ao Aedes aegypti. A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo mosquito é manter o monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água parada e a proliferação do inseto. Confira algumas dicas importantes:
Mantenha caixas d’água, tonéis e barris de água tampados; Garrafas de vidro ou plástico sempre com a boca para baixo; Encha, com areia até a borda, os pratinhos ou vasos de planta; Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água;
Em caso de identificação de focos do mosquito, acione a Vigilância Ambiental pelo telefone 160.