A taxa de isolamento social no Distrito Federal caiu 6,6 pontos percentuais em três dias. De acordo com pesquisa de uma empresa de softwares, o índice passou de 62,5% para 55,9%. Apesar da queda, a capital voltou a liderar o ranking das unidades da Federação que mais respeitam as restrições. Durante coletiva à imprensa nesta quarta-feira (15/4), a Secretaria de Saúde reforçou que as medidas devem ser obedecidas para conter o avanço do novo coronavírus.
O subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Eduardo Hage, ressaltou que a taxa de isolamento social deve se manter na faixa dos 70%. “Isso significa que um menor número de pessoas vão ser internadas todos os dias”, comentou. Ele também criticou os protestos feitos na capital, que pedem a reabertura do comércio. “Temos que evitar essas manifestações que são contrárias a todas evidências científicas”, afirmou.
Questionado se há subnotificação de casos no DF, Hage explicou que isso é esperado em qualquer epidemia e pandemia. “Grande parte dos casos não é notificada pela clínica. O importante é detectar, o mais rápido possível, aqueles que apresentam sintomas e são do grupo vulnerável. O que está sendo feito com monitoramento diário”, esclareceu.
De acordo com o secretário de Saúde, Francisco Araújo Filho, cerca de 15 mil moradores da capital foram testados até o momento. De acordo com ele, “nada é feito com risco para a população”. O secretário ainda informou que começou os testes em profissionais da saúde e policiais militares, e que a pasta promove o trabalho de combate à pandemia “da forma que precisa ser feito”.
Leitos
Durante a coletiva à imprensa, o secretário também reforçou que o Distrito Federal ainda está com uma margem segura de leitos para o combate à Covid-19. De acordo com Francisco, a capital tem 26 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) e ainda conta com 79 quartos equipados para receber outros pacientes.
Entretanto, mais leitos devem ser abertos conforme ocorra a evolução da doença. Além disso, o secretário ressaltou que não há prazo estabelecido para a abertura do hospital de campanha no Estádio Nacional Mané Garrincha. De acordo com ele, a demanda de pacientes ainda é insuficiente para a abertura do local.