A Polícia Civil e o Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) apuram as circunstâncias da morte de Paulo Roberto de Caldas Osório, 46 anos. O homem estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde dezembro de 2019 por ter assassinado o filho, Bernardo da Silva Marques Osório, de 1 ano e 11 meses, envenenado. Ele foi encontrado morto na própria cela com sinais de enforcamento na última sexta-feira. Ontem, o corpo de Paulo foi enterrado sem velório.
O sepultamento ocorreu no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, às 15h30, sem cerimônia de velamento. “Ele não tem família, ele tinha a mim. Para que faria um velório aos amigos? Isso serviria apenas para prorrogar a dor”, disse o advogado de Paulo, Luciano Macedo.
Segundo informações da Sesipe, o detento teria usado a própria calça para se enforcar. Contudo, agentes penitenciários encontraram uma corda dentro da cela, na Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), o que é investigado pela polícia.
Memória
Paulo Osório matou Bernardo em 29 de novembro do ano passado usando um medicamento de uso controlado. O metroviário buscou o menino na creche onde ele estudava, na 906 Sul, e seguiu para a residência dele, na 702 Sul. No caminho, o homem deu suco de uva ao filho. O acusado havia colocado comprimidos para insônia na bebida do garoto. A criança chegou a passar mal na casa, mas, mesmo assim, o suspeito continuou a fuga. O corpo de Bernardo foi encontrado em 6 de dezembro, em Campos de São João (BA), em estado de decomposição, com a cadeirinha.