O número de pessoas infectadas no Complexo Penitenciário da Papuda subiu para 43 nesta segunda-feira (13/4), conforme informou a Secretaria de Segurança Pública. Desses, 23 são presidiários e 20 agentes penitenciários.
Dos policiais penais confirmados para a doença, seis são do Centro de Detenção Provisória, (CDP), 11 do Centro de Internamento e Reeducação (CIR) e três do Presídio do Distrito Federal II (PDF-II). Dos internos, 10 são do CDP e 13 do CIR.
Segundo a pasta, nesta sexta-feira (10/4), 332 internos e 126 agentes passaram pelo teste. Desse total, 13 pacientes tiveram diagnóstico positivo para a doença.
Manifestação
Cerca de 100 parentes de detentos foram às ruas nesta segunda-feira em busca de resposta das autoridades. Vestidas de branco e com faixas, elas se posicionaram em frente à Vara de Execuções Penais (VEP), no Setor de Rádio e TV Sul.
As mulheres questionam algumas medidas adotadas pela Justiça para conter o avanço do coronavírus, como a suspensão das visitas de advogados às unidades prisionais. O Correio teve acesso à carta enviada pelas organizadoras ao Governo do Distrito Federal (GDF). Em um trecho, elas falam: “Agora, não está mais entrando nenhum advogado no sistema prisional para atender seus clientes, o que impede que tenhamos notícias de nossos familiares. Eles (advogados) não estão mais autorizados a levar dinheiro para os detentos, o que impede que os internos possam comprar as coisas nas cantinas”.
Entre as reivindicações, as manifestantes pedem que os advogados voltem a atender os clientes, como forma de “trazer notícias”; que seja permitido o fornecimento de dinheiro para os internos comparem itens na cantina para alimentação e higiene; além da garantia do acesso à televisão.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública quanto ao manifesto, o caso dos detentos infectados será informado aos familiares individualmente.
Visitas suspensas
Visando prevenir a disseminação do novo coronavírus nos presídios do Distrito Federal, a Sesipe determinou, neste sábado (11/4), a suspensão das visitas até 17 de abril, com possibilidade de prorrogação. A restrição de visitações de detentos no regime fechado, além da suspensão dos trabalhos externos dos apenados do semiaberto, ocorreu em 12 de março. A previsão inicial era de que durasse até a última sexta-feira.