Após a liberação para o funcionamento em decreto publicado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) na quinta-feira (9/4), lojas de móveis e eletrodomésticos abriram as portas para clientes nesta segunda-feira no Distrito Federal. Segundo o GDF, a medida leva em conta análises sobre a disseminação do novo coronavírus e deve reaquecer o setor. Shoppings, no entanto, permanecem fechados.
Em Taguatinga, região em que há grande concentração desse tipo de estabelecimento, o movimento nas lojas era tímido na manhã desta segunda. A circulação em agências bancárias e pelas ruas, porém, era mais intensa.
A professora aposentada Maria Bernadete Souza, 60 anos, foi a um dos estabelecimentos para resolver um problema relacionado a uma compra feita antes da pandemia. Ela se diz preocupada com a situação e conta que tomou medidas para tentar se proteger. “Fui de máscara e escolhi um horário em que acredito que há menos clientes.”
Maria teme que a abertura de comércios possa trazer a sensação de que a normalidade voltou e incentivar pessoas a descumprir o isolamento. “Esse vírus engana. Você pensa que não chegou perto de você, então começa a passear e a andar sem necessidade. Eu me preocupo muito. Ao sair, a gente precisa ter responsabilidade porque podemos passar para os outros”, afirmou.
Liberação
Além das lojas de móveis e eletrodomésticos, também estão liberadas, pelo decreto de quinta, atividades do Sistema S, de entidades como o Senai; Sesc; Sesi; Senac; Senar; e Sebrae.
A intenção do GDF é promover liberação gradual de atividades, a partir de análises dos dados e do cenário do coronavírus na capital federal.