Cidades

Carinho virtual dos parentes

Se as visitas não são aconselháveis, resta aos pais usarem a tecnologia para apresentarem os mais novos integrantes da família. Foi assim que Ana Lívia conheceu os avós e bisavós. A estudante Yliane Mendes, 22, teve o bebê em 31 de março. “Eu fiquei preocupada, porque estava tendo todas aquelas orientações de que não poderia sair de casa, mas deu tudo certo”, conta. No hospital, a jovem não recebeu visitas. “Eu não pude receber ninguém, apresentei a bebê para as pessoas por uma videochamada no celular”, lembra. Em casa, as visitas também foram adiadas e os cuidados com a higiene redobrados. Agora, Yliane conta os dias para mostrar pessoalmente a filha aos bisavós da menina. “Para mim, está sendo tudo ótimo. Só fico triste pelos meus avós, que queriam muito conhecê-la”, destaca.

Na casa da professora Juliana Menezes, 30, não é diferente. Os avós maternos do Joaquim, nascido em 17 de março, estão isolados em casa com o neném, mas os avós paternos ainda acompanham o garoto por meio da tecnologia. “Estamos completamente isolados, só saímos para levá-lo ao pediatra. Os avós paternos ainda não estão tendo contato com o bebê. A gente faz vídeo e manda foto”, comenta. Com os amigos e outros familiares, tem sido a mesma coisa. “É aquela comoção, o FaceTime aqui não fica desligado”, ressalta.

No momento, Juliana aproveita o tempo com o marido para curtir os primeiros dias do neném. Enquanto os amigos não podem dar um abraço, o jeito é matar a vontade pela internet e contar os dias para que tudo passe e Joaquim possa conhecer pessoalmente todas as pessoas que o amam.