Segundo MPDFT, nesta sexta, foi iniciada a aplicação de testes rápidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) e no Centro de Internamento e Reeducação (CIR). A iniciativa deve continuar ao longo da semana. Cinco dos detentos diagnosticados são do CIR e nove, do CDP. Todos apresentam sintomas leves e foram isolados para receber atendimento médico.
Os agentes que apresentaram sintomas foram afastados do serviço. Conforme a reportagem apurou, uma médica que atua no complexo penitenciário está com suspeita da doença, e foi colocada em isolamento domiciliar. Nessa quinta-feira (6/4), havia 13 policiais infectados.
Profissionais da saúde que atuam nas unidades prisionais questionam a falta de EPIs, conforme relatou uma fonte ao Correio. A profissional, que preferiu não se identificar, relata caos no presídio. "Quase não estamos bebendo água. A ordem é testar todos que apresentam os sintomas. Não há descanso e nem material necessário. Estava de folga e fui acionada, imediatamente, para lá", contou.
Em nota oficial, a Secretaria de Saúde esclareceu que não há falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) na rede pública e informou que todos os servidores que estão na linha de frente têm acesso a esse insumo. "Os EPIs adquiridos pela rede ou recebidos por meio de doações passam por avaliação de qualidade e só são disponibilizados para uso pelos servidores após aprovação da área técnica", frisou a pasta.
Disse ainda que, nesta sexta-feira (10/4), realizou ação de rastreamento e vigilância epidemiológica na Papuda, examinando 332 internos e 126 servidores, com testes rápidos para a Covid-19. "Em alguns casos, conforme indicação de protocolos, se fez necessário a realização da coletas de secreção de narina e garganta (Swab) para exame de PCR para Covid-19 e assim apresentar resultados conclusivos confiáveis."
A pasta informou que não divulgará números de contaminados neste momento.