Segundo o comerciante, ele não pode ficar sem trabalhar. "Se eu não morrer do vírus, morro de fome", afirma. Além disso, ele diz que prefere não morrer de nenhum dos dois jeitos, mas acredita que está com a saúde em dia e que não tem medo. É quando Bolsonaro se volta para a câmera e discursa: "Pelo que eu tenho conversado com o povo, é que eles querem trabalhar. É o que eu tenho falado desde o início: tem que tomar cuidado".
Muita gente se reúne em volta do churrasquinho para ver e ouvir o presidente. Alguns chegam a dizer que o comércio deve ser reaberto e que as pessoas devem trabalhar normalmente. O churrasqueiro, então, alerta sobre um cuidado que toma: "Não fazer aquela aglomeração de muita gente. Pega seu churrasco e vai saindo pra não ficar aquele tumulto no carrinho".
Depois, Bolsonaro seguiu para um estabelecimento comercial chamado Sobradinho Carnes, em Taguatinga -- e não em Sobradinho, como postou o presidente --, onde falou sobre a situação da população mais pobre. "Esse isolamento horizontal se continuar assim, com a brutal quantidade de desemprego que vem pela frente, teremos um problema seríssimo, que vai levar anos para resolver", afirmou. "A luta toda não é para evitar o contágio, mas para diminuir a onda", completou o presidente.
Pelo Distrito Federal
Em outro vídeo, filmado por moradores do Sudoeste, Jair Bolsonaro aparece em uma farmácia e em um a padaria do bairro. Ele ri alto e conversa com algumas pessoas, mas, na fila, a maioria ignora a presença dele. No fim, alguns pedem para ele mandar um oi para "a galera do WhatsApp" e lhe desejam "força".
Depois de visitar padaria, farmácia e mercado, o presidente esteve no Hospital das Forças Armadas (HFA), onde ficou por cerca de 20 minutos. Ele cumprimentou populares e profissionais que lá estavam. Não há informação oficial sobre a razão da visita ao hospital.
O presidente passou de carro pela região onde funciona uma feira na Ceilândia, que está fechada. Apesar da feira não estar funcionando, a chegada do presidente reuniu várias pessoas que se aproximaram para tirar fotos.
Bolsonaro, na semana passada, defendeu o chamado isolamento "vertical", quando apenas idosos e pessoas com doenças crônicas ficam isoladas.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no entanto, no sábado (28/3) defendeu, num discurso contundente, a manutenção das medidas de isolamento para conter o avanço do novo coronavírus.
*Com informações da Agência Estado