Correio Braziliense
postado em 25/03/2020 22:50
Os empregados terceirizados da Universidade de Brasília (UnB) continuam trabalhando normalmente, mesmo após a instituição suspender o calendário acadêmico do primeiro semestre de 2020, devido à pandemia de coronavírus. Segundo a Central Sindical Popular do DF (CSP), os mais de 2 mil funcionários não foram liberados.
O presidente da entidade, Francisco Tarjino, afirmou que, entre os trabalhadores, há pessoas incluídas no grupo de risco exercendo as atividades. "Tem idosos com mais de 60 anos vindo trabalhar. Além de funcionários que têm doenças crônicas. Eles também não estão recebendo material básico de higienização", denunciou.
Em ofício enviado à reitoria da instituição na sexta-feira passada (20/3), a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados tomou conhecimento da denúncia e afirmou que, caso a informação fosse verdadeira, "configuraria discriminação entre categoria de trabalhadores", o que viola os princípios de direitos humanos. O documento, obtido pelo Correio, foi assinado pelo deputado Helder Salomão (PT).
Posicionamento
Em nota oficial, a UnB esclareceu que determinou, na quinta-feira passada (19/3), por meio de despacho às unidades gestoras de contratos (Decanato de Administração, Prefeitura, Centro de Informática e Secretaria de Patrimônio Imobiliário), que notifiquem as empresas quanto às diretrizes adotadas para toda a comunidade universitária para combater a Covid-19.
Entre as recomendações apontadas no documento está a de reduzir ou suspender serviços terceirizados, devido à diminuição do fluxo de pessoas. Outra orientação às empresas é que realizem ações de conscientização dos colaboradores para a prevenção à doença, como recomendado pelos órgãos da saúde.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.