Após o início da contaminação por coronavírus no Distrito Federal, a Secretaria de Segurança Pública passou a monitorar o crescimento dos casos. A pasta — assim como órgãos do Grupo Executivo —, criada em 13 de março por meio de decreto que prevê ações contra a pandemia, acompanha a evolução da doença no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). Ontem, o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, esteve no local e garantiu, em entrevista ao Correio, que os serviços oferecidos pela pasta estão mantidos para a população.
“Montamos um painel de inteligência que mostra dados nacionais e do DF a cada 30 minutos. Podemos ver a quantidade de leitos, casos graves e a evolução da doença”, destacou. Segundo o secretário, o trabalho da pasta é de prevenção, para fazer com que o coronavírus não se espalhe ainda mais na capital. “Estamos no aeroporto e na rodoviária, checando a situação dos passageiros, e nas ruas, para evitar aglomerações e manter os comércios fechados”, reforçou.
Desde o início da crise, uma reivindicação do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) é de reduzir a quantidade de atendimentos e atuar apenas em situações de emergência. Entretanto, o secretário pediu compreensão dos profissionais da área da segurança e dos demais sindicatos. “A gente sabe que a polícia não pode faltar. A sociedade precisa muito da força em um momento de crise. Esse é uma hora muito delicada”, afirmou.
Para desafogar a demanda nas delegacias e diminuir o risco para os investigadores, o secretário recomenda que a população procure as circunscricionais apenas em casos graves. “Nos crimes mais leves, usem a internet, no portal da Polícia Civil. Os agentes vão avaliar a situação dos registros e chamar à delegacia, caso necessário”, disse. Se algum policial for diagnosticado com a doença, Torres informou que ele será afastado e receberá tratamento prioritário, para poder voltar logo ao posto.
Abre e fecha
A Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) divulgou, ontem, uma lista detalhada dos estabelecimentos que têm autorização para abrir em meio à pandemia de coronavírus. Oficinas mecânicas, funerárias, concessionárias de veículos e estandes de venda de imóveis estão entre as atividades autorizadas. Além disso, as clínicas odontológicas e veterinárias, pet shops (que prestam serviços voluntários e/ou vendem medicamentos veterinários) podem funcionar para atender casos emergenciais.