O fim de semana registrou contínuo crescimento dos casos confirmados de coronavírus no Distrito Federal. Segundo dados da Secretaria de Saúde, entre a manhã de sexta-feira e a noite de ontem, houve aumento de 56% das confirmações. Até o fechamento desta edição, o Centro de Operações de Emergência (COE) somava 131 pacientes infectados no DF.
Os casos suspeitos também tiveram aumento. Na sexta-feira, eram 2,7 mil, enquanto na noite de domingo, o centro contabilizava 3,6 mil, dos quais 2 mil estavam descartados. Houve ainda a necessidade de mais internações. Até sábado, quatro pessoas estavam em hospitais. Ontem, o número dobrou. As demais 123 estão em isolamento domiciliar. Um dos casos hospitalizados, é o da mulher de 52, primeira confirmação da Covid-19 na cidade.
A paciente está isolada, em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ela respira com ajuda de aparelhos e o quadro clínico é gravíssimo. Ontem, voltou a ter febre. Mesmo assim, a advogada da família, Claudia Rocha Caciquinho, informou ao Correio que a mulher teve melhora. “Temos informações lá de dentro e ela está melhorando. Logo, logo vai estar bem”, afirma.
O esposo da paciente, 45 anos, segundo caso confirmado no DF, deve deixar, amanhã, o isolamento domiciliar imposto pela Justiça. A decisão foi dada após pedido do governador Ibaneis Rocha, sob a alegação de que o homem teria circulado pela cidade mesmo após a internação da esposa. O prazo de 14 dias dado na decisão judicial termina hoje, encerrando a quarentena dele.
Segundo a advogada, um infectologista avaliou o paciente e assinou um laudo atestando que ele pode ser liberado para voltar a circular. Claudia, no entanto, não informou quem é o médico, apenas que acrescentou o documento ao processo e aguarda uma garantia jurídica de que o homem não precisará voltar ao isolamento. “Ele está seguindo todas as recomendações do Ministério da Saúde. Meu cliente tem sido vítima de muitas fake news”, defende.