Cidades

Segue combate à epidemia de dengue


Apesar da mobilização em torno do novo coronavírus, o Distrito Federal enfrenta também uma antiga luta contra a dengue. Entre dezembro de 2019 e 7 de março, o número de casos prováveis no Distrito Federal teve um aumento de 272,5%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. De 3.589 registros em 2019, os dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF saltaram para 9.775.

Entre as Regiões Administrativas, Ceilândia destaca-se com o maior número de casos: 1.194. Em segundo lugar está o Gama, com 1.041, e, em terceiro, Taguatinga, com 679 registros. As regiões com o menos ocorrências são o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Sudoeste e Varjão do Torto.

O quadro fez com que o governador Ibaneis Rocha (MDB) decretasse, em janeiro deste ano, situação de emergência na saúde do Distrito Federal por “risco de epidemia de dengue, potencial epidemia de febre amarela e a possível introdução dos vírus zika e chikungunya”. A decisão “autoriza a adoção de todas as medidas administrativas necessárias à contenção da epidemia”, tais como a compra de insumos e materiais; a contratação de serviços para atendimento de situação emergencial; e contratação de pessoal por tempo determinado.

Embora o último boletim divulgado apresente o aumento no número de casos prováveis, houve uma diminuição na quantidade de mortes em decorrência da doença. No mesmo período do ano passado, foram registrados quatro mortes. Em 2020, uma.

Na avaliação do poder público, esse resultado se deve ao esforço governamental em ações como a disponibilização de salas de acolhimento e às estruturas especiais montadas pelo Instituto de Saúde (Iges-DF), associado ao cuidado da população.

De acordo com previsão do Ministério da Saúde, o aumento de casos em todo o Brasil deve ocorrer durante os meses de março e abril, como é habitual. No comparativo com estados vizinhos, o DF é o que possui o menor número de casos prováveis.