Cidades

Detecção do vírus na chegada



A semana começou com simulação no Aeroporto de Brasília. Militares do Corpo de Bombeiros fizeram, na segunda-feira, teste para o uso de equipamentos para a identificação de pessoas contaminadas com o coronavírus. Vestidos com macacões brancos, óculos de proteção, capacetes, luvas e máscaras, eles transitaram pelo desembarque de passageiros internacionais.

Os passageiros de voos internacionais passam por uma triagem no embarque e no desembarque. Câmeras de análise térmica sinalizarão se há a presença de febre ou não. Caso seja confirmado o quadro febril, a pessoa será encaminhada a um posto médico do aeroporto e fará a coleta de material biológico para o teste de coronavírus. Em casos positivos, o passageiro será encaminhado para atendimento na rede hospitalar ou isolamento domiciliar.

A medida começou a ser colocada em prática após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No aeroporto, pessoas com sintomas da Covid-19 receberam atendimento. O Corpo de Bombeiros identificou, com apoio de equipamentos que medem a temperatura corporal, cinco casos suspeitos da doença, de pessoas de uma mesma família que regressavam de Miami. Eles foram atendimentos no terminal e encaminhados para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

Entre as ações de prevenção tomadas pela Inframerica, concessionária do Aeroporto de Brasília, estão o incremento na limpeza do terminal e a utilização de máscaras e luvas por funcionários. Telas informativas em todos os portões de embarque explicam sobre a doença e orientam a respeito da prevenção. Os passageiros têm acesso a dispensers de álcool em gel, distribuídos nas áreas administrativas, lojas, balcão de informações e nas áreas de grande circulação de trabalhadores.

Além disso, há ações nas rodovias, feitas pelo Corpo de Bombeiros. A corporação identificou ontem um passageiro que regressava de Goiânia pela BR-060.


Tecnologia
Estão disponíveis 20 câmeras térmicas para medir a temperatura dos passageiros, além de três aparelhos Coliolis —  que captam o ar e o transformam em amostras para análise do ambiente —, assim como outros dois equipamentos, os Veredos, destinados a confirmar a presença do coronavírus no ar, por meio de um chip. Nos voos nacionais apenas as câmeras térmicas são utilizadas.