Cidades

GDF atualiza plano de contigência ao coronavírus; confira as medidas

Entre outras mudanças, novo plano estabelece a separação dos casos suspeitos no atendimento das unidades básicas de saúde

A Secretaria de Saúde atualizou o Plano de Contingência elaborado para combater o avanço da Covid-19 no DF. Esta é a quarta versão do documento, que sistematiza as ações e procedimentos que devem ser adotados como resposta à pandemia.

Entre as mudanças, está o atendimento no Aeroporto Internacional de Brasília. Foram acrescentados os voos domésticos ao protocolo, mas os pacientes suspeitos não serão mais levados ao hospital.

Segundo a nova versão, se o passageiro for um caso suspeito, mas estiver em bom estado de saúde geral, deverão ser coletadas amostras e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O caso será notificado e a pessoa levada para casa em transporte do Corpo de Bombeiros. Se o exame confirmar a doença, o paciente deve permanecer isolado por 14 dias e será monitorado em casa.

Atenção Primária

No atendimento nas unidades básicas de saúde, também houve mudanças. Agora, além de manter os casos suspeitos em área separada até o atendimento, aqueles que estiverem em bom estado geral terão amostras coletadas e encaminhadas ao Lacen. Depois, serão levados para casa por ambulância do Samu, Corpo de Bombeiros ou da própria região de saúde. Os mesmos veículos serão utilizados em caso de necessidade de remoção para hospital.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) aparecem pela primeira vez no plano de contingência. Pacientes que chegarem com sinais e sintomas que preencham os critérios de definição de caso suspeito serão acolhidos e encaminhados para espaço reservado. Os passos seguintes seguem a mesma definição dada à atenção primária, com a diferença de que a remoção para a residência ou para hospital de referência será feita por ambulância da própria UPA.

Os hospitais de Base e regional da Asa Norte (Hran) continuam sendo os de referência. “Porém, se entrarmos em fase de mitigação (quando deixa de ter casos importados e passa a ter transmissão comunitária) todos os hospitais da rede passam a atender os pacientes”, explica o secretário adjunto de Assistência, Ricardo Tavares.

Para já deixar as unidades preparadas, todos os hospitais receberão visita da equipe da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria de Saúde, nesta terça-feira (17), para avaliação de planos de contingência locais e da estrutura dos mesmos.

Atendimento

Os atendimentos ambulatoriais, procedimentos cirúrgicos eletivos e odontológicos serão mantidos. Porém, o procedimento de internação hospitalar para os agendamentos cirúrgicos eletivos ocorrerá pela Gerência Interna de Regulação, não sendo permitida a entrada e internação desses pacientes pelo serviço de Pronto-Socorro.

O plano deixa claro que os agendamentos de consultas deverão ser, rigorosamente, por horário marcado, e que os pacientes devem chegar com antecedência máxima de 15 minutos, para evitar aglomeração nas recepções.

Visitas

A nova versão do Plano de Contingência também traz mudanças com relação à visita de pacientes internados na rede pública de saúde. Aqueles diagnosticados com a Covid-19 estão proibidos de receber visita até que haja liberação pelo Centro Operacional de Emergências em Saúde Pública (COE Covid).

Ficam limitadas a uma pessoa, preferencialmente mais jovens, as visitas aos pacientes internados com outras patologias ou no pós-operatório de cirurgias de emergência, urgência ou eletivas nas unidades de internação e de terapia intensiva. Os gestores locais deverão organizar horários diferentes de visitas, para evitar aglomerações, se possível, alternar os dias de visitas. O plano também orienta que pessoas com mais de 65 anos evitem visita e não sejam acompanhantes.

Assistência Farmacêutica

No item sobre assistência farmacêutica, foi incluído o atendimento nas farmácias de alto custo. O plano orienta que usuários que fazem parte do grupo de risco de complicações pela Covid-19, como idosos, crianças, gestantes, imunodeprimidos, transplantados e portadores de doenças respiratórias, cadastrem representantes que poderão fazer a retirada dos medicamentos em seu lugar. Poderão ser cadastradas até cinco pessoas por paciente.
 
* Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer 

Com informações da Secretaria de Saúde