Entre as medidas de contenção das infecções do coronavírus no Distrito Federal está adoção do teletrabalho. Diversos órgãos e empresas liberaram seus servidores e funcionários para trabalhar em home office e o decreto assinado no sábado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) dispôs sobre a possibilidade do serviço feito de casa para casos em que o servidor apresente sintomas da doença ou que tenha retornado de viagem internacional recentemente.
A medida foi adotada pela agência onde trabalha a publicitária Carolina Cardoso, 27 anos. A companhia, na L2 Norte, tem cerca de 20 trabalhadores e funciona em três salas pequenas. Alguns dos funcionários estão no grupo de risco de contágio determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em razão da idade e, outros, fizeram viagens internacionais nas últimas semanas. “A decisão é para que fiquemos em casa até segunda ordem. Como grande parte do nosso serviço pode ser feita pela internet com recursos como o WhatsApp, absolutamente todos os setores estão trabalhando dessa maneira”, relata.
Na empresa de álbum de figurinhas especializado em que a atendente Júlia Barbosa, 29 anos, trabalha, a decisão também levou em conta o retorno da chefe de uma viagem à Tailândia e ao fato de que ela, lactante, e outra funcionária, grávida, poderiam correr riscos. “Eles estavam mais preocupados com a questão do transporte público. Eu e ela somos mais vulneráveis e, infelizmente, em contato com o público diretamente, os riscos de contágio são maiores”, afirma.
Com o filho de 1 ano e 3 meses no colo e a sobrinha de 4 anos, que precisou ficar em casa devido à suspensão das aulas, para Júlia, o trabalho dobrou. “Não é tranquilo. Eu fiquei com os dois. A creche dos dois está fechada e eles precisam de atenção. Tem que parar para dar comida, colocar para dormir, tem que dar de mamar e, ao mesmo tempo, levar o trabalho que eu faço a distância.”
Serviço público
O decreto editado pelo Executivo local determina que “Qualquer servidor público, empregado público ou contratado por empresa que presta serviço para o Distrito Federal, que apresentar febre e/ou sintomas respiratórios (tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração, dificuldade para respirar e batimento das asas nasais) ou que tenha retornado de viagem internacional, nos últimos dez dias, deverá permanecer em casa e adotar o regime de teletrabalho, conforme orientação da chefia imediata”.
No Tribunal Superior do Trabalho (TST), despacho assinado pela presidente, ministra Maria Cristina Peduzzi, decretou o home office, na noite de quarta-feira, para todos os servidores que viajaram a países afetados pela doença. A medida vale por 15 dias após a publicação do documento. O período é equivalente ao tempo de observação para a manifestação de possíveis sintomas do vírus.
A Câmara dos Deputados suspendeu as sessões solenes, por prazo indeterminado, os eventos de lideranças partidárias e de frentes parlamentares, a visitação institucional ao Palácio do Congresso Nacional e todos os eventos que não sejam diretamente relacionados à atividade legislativa do plenário e das comissões. Ato da Mesa também definiu que os parlamentares, servidores e demais colaboradores que estiveram em local onde houve infecção por Covid-19 serão afastados administrativamente por até 14 dias a contar da data de retorno dessas localidades.
Cuidados
De acordo o obstetra do Centro de Medicina Fetal (Cemefe) Matheus Beleza, idosos e gestantes fazem parte do grupo de risco por terem uma imunidade mais vulnerável. No caso de gestantes e lactantes, as preocupações se dividem entre a mãe e o bebê. Segundo o especialista, até o momento não há muitos estudos que possam embasar os cuidados que devem ser tomados. Nesse sentido, os profissionais da área tem buscado usar como referência em cuidados adotados para a prevenção de outras doenças virais, além de um único estudo que relata o caso de nove gestantes chinesas que contraíram a doença.
De acordo com esse artigo ficou comprovado que o vírus não passa da mãe para a criança em transmissão vertical (no momento do parto), e também não é transmitido pelo leite. “É mais fácil testar o leite para saber se está contaminado, mas, de acordo com esse estudo, os casos de mães que passaram a doença para os bebês tem mais a ver com a proximidade que a gestante acaba tendo da criança neste momento. A respiração dos dois acaba sendo muito próxima, o que faz com que a criança pegue o vírus assim como nos outros casos, por meio de secreção respiratória. No momento, não temos nenhum caso no Brasil, mas acredito que, caso ocorra, a orientação será para suspender a amamentação”, explica.
Apesar dos riscos, o especialista afirma que não há motivo para alarde. Grávidas e lactantes estão suscetíveis e pertencem ao grupo de risco para qualquer doença que possa alterar o seu quadro respiratório, não apenas o coronavírus. Dessa forma, as orientações de repouso, higienização das mãos, utilização de álcool em gel e de evitar ambientes com aglomeração de pessoas são as melhores medidas de prevenção para esses públicos.
Proteção
Proteção
Confira três receitas para aumentar a imunidade:
Shot de imunidade
Ingredientes
» 1 limão
» 1 colher (chá) da mistura de gengibre, cúrcuma e espirulina em pó
» 20 gotas de própolis
Modo de preparo
» Misture todos os ingredientes, coloque um pouco de água e tome imediatamente.
Golden milk
Ingredientes
» 1 colher (sopa) de cúrcuma
» 1 colher (chá) de canela em pó
» 1 colher (chá) de gengibre (pode colocar menos, pois dá um sabor picante)
» Pitada de pimenta caiena
» 1 colher (chá) de açúcar de coco (opcional)
» 200ml de leite de castanha-de-caju
Modo de preparo
» Misture tudo e reserve menos o leite de castanha-de-caju. Misture a receita a 200ml de leite de castanha-de-caju. Tome imediatamente.