Os garis que estão sem emprego, desde outubro do ano passado, protestaram em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na tarde desta terça-feira (10/3). Com a troca das empresas responsáveis pelo serviço de limpeza urbana em Brasília, cerca de 1,5 mil funcionários perderam os empregos, nas contas do Sindicato de Limpeza Urbana do Distrito Federal (Sindlurb).
Em outubro, após protesto da categoria em frente ao Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha assegurou que reverteria a demissão de cerca de 700 profissionais, o que, no entanto, não aconteceu até o momento. À época, o chefe do Executivo afirmou que 400 pessoas seriam recontratadas imediatamente, e as demais, em janeiro de 2020.
O sindicato então recorreu ao deputado distrital Chico Vigilante (PT), que convocou, para esta terça-feira, uma reunião entre a categoria, o presidente da CLDF, Rafael Prudente, o chefe da Casa Civil, Valdetário Andrade Monteiro, e o presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Felix Angelo Palazzo. “Essa contratação deve ser imediata. Já deveria ter sido feita há muito tempo. Foi algo prometido, e nós queremos que seja cumprido”, declarou Vigilante.
Com cartazes, os garis apelavam pela volta ao trabalho. “Eu tenho sete filhos para criar, e estou desde outubro sem trabalhar”, reclama Maria de Fátima de Souza, 44 anos. “Trabalhei por sete anos na Valor Ambiental e fui mandada embora. Faltam só oito meses para poder me aposentar e tenho de passar por isso”, lamenta Joanita Pereira, 64 anos.
O Correio entrou em contato com o SLU e aguarda posicionamento sobre o caso.