''Há um déficit muito grande no quadro da segurança. Precisamos fazer isso. Já tivemos um quadro com 18 mil policiais militares. Hoje, trabalhamos com 11 mil. A população cresceu muito. Hoje, temos problemas de cidades grandes, como Rio de Janeiro e São Paulo. Conseguimos diminuir os crimes, mas ainda temos muito trabalho'', disse o secretário.
A morte do professor universitário Hebert Miguel, 26 anos, em Taguatinga Sul, e do universitário Márcio Ribeiro, 28, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, na última semana, chocou o Distrito Federal. Os dois foram vítimas de latrocínio — roubo seguido de morte —, na última segunda-feira (2/3) e na madrugada de sábado (7/3), respectivamente.
De acordo com Anderson Torres, o GDF tem trabalhado bastante para combater esse tipo de crime. ''Temos mudado o policiamento, trabalhado com inteligência e aumentando o nível das operações. Os números nos mostram que estamos no caminho. Fechamos o ano passado com o melhor índice dos últimos 35 anos'', afirma o secretário.
No entanto, um dos grandes desafios da segurança pública são os feminicídios. Nos três primeiros meses de 2020, cinco mulheres foram vítimas do crime no DF. ''Essa é uma evolução da sociedade. Um crime dentro de casa, com arma branca. O cara sai de casa, vai para o trabalho, passa em um bar tomar uma coisa, chega em casa, briga com a mulher, vai na cozinha, pega uma faca e mata. Como a segurança pública age nisso?'', questiona. A orientação do secretário é que a mulher e os familiares denunciem as agressões a tempo.