Cidades

Após fevereiro sem casos, ação contra feminicídio terá reforço em março

Esta é a quinta vez que o Distrito Federal não registra nenhum assassinato em um mês desde março de 2016, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal

O Distrito Federal não registrou nenhum feminicídio em fevereiro. Os dados são do balanço da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), passado em primeira mão ao Correio. Esta é a quinta vez que um mês fecha sem ocorrências de assassinatos de mulheres em razão de gênero desde março de 2016, um ano após a aprovação da lei (veja a relação no fim da matéria).
 
Para que os números continuem bons, as políticas de enfrentamento ao assassinato de mulheres por questão de gênero serão intensificadas neste mês de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, no dia 8. A SSPDF e a Turma da Mônica irão lançar animações preventivas de violência doméstica. A ideia é incentivar relações saudáveis entre crianças e adolescentes, além de disseminar o respeito, a tolerância e a empatia entre os alunos, de 7 a 17 anos.

O projeto, que também contou com apoio da Secretaria de Educação, com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a ONU Mulheres, visa atingir de 700 mil a 1 milhão de estudantes da capital federal. 
 
Para o secretário de segurança pública, Anderson Torres, o índice zero em fevereiro é um triunfo de todos os moradores da capital federal. "Esta é uma vitória da sociedade, pois o feminicídio é um crime que ocorre, principalmente, dentro de casa, com uso de arma branca e entre pessoas que têm algum tipo de relação. Nem sempre há como a segurança pública atuar, sem que haja denúncia, sem que as pessoas 'metam a colher'", analisa. 

Visando diminuir os índices de femincídios no DF, a pasta analisou estratégias de enfrentamento. Para isso, a Subsecretaria de Ensino e Valorização Profissional (Sevap) capacitou cerca de 1,8 mil profissionais que lidam com a segurança pública. 

Os cursos oferecidos foram realizados em parceria com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e visaram tanto profissionais que lidam no dia a dia com as vítimas de violência doméstica, quanto agentes do sistema penitenciário. As aulas priorizaram o ensino para um melhor atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, assim como maneiras de combate ao feminicídio. Entre os profissionais capacitados, 724 são policiais militares que ingressaram recentemente a corporação.


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