O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) denunciou uma organização criminosa que aplicava golpes para furtar contas bancárias. A quadrilha com 22 integrantes atuava na Paraíba, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal. Segundo MP, na Capital Federal, foram mais de 40 vítimas totalizando um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão.
Ainda de acordo com o órgão, apenas uma das vítimas chegou a perder mais de R$ 100 mil reais após cair no golpe. A quadrilha era dividida em células, que atuavam de forma especializada e coordenada. Uma parte dos integrantes era responsável por obter e repassar informações das contas bancárias visadas, como dados do titular, agência, número de conta e senha de acesso, além da verificação de saldo, limites de empréstimo, entre outros dados. Eles utilizavam o serviço de programadores, chamados coders, que criavam programas maliciosos para obter as informações bancárias.
A outra parte da quadrilha se passava por funcionários do banco e, sob a falsa alegação da necessidade de realização de operação de segurança, obtinham o QR Code, código de barras bidimensional das vítimas, usado para permitir as transações bancárias.
O Ministério solicitou à Justiça a condenação dos envolvidos e o pagamento de R$ 10 milhões para danos morais coletivos. A atuação do MPDFT partiu da Operação XCoderX da Polícia Civil do DF, deflagrada em fevereiro deste ano.