Cidades

Homem que ameaçou explodir baile funk na Asa Sul permanecerá preso

Jovem de 19 anos passou por audiência de custódia na manhã deste domingo (1º/3) e a juíza decidiu converter a prisão em flagrante para preventiva. Ou seja, ele responderá ao processo detido no Complexo Penitenciário da Papuda

A Justiça determinou que o jovem acusado de arquitetar um massacre em um baile funk na Asa Sul ficará preso preventivamente. A decisão ocorreu na manhã deste domingo (1º/3), quando o suspeito, de 19 anos, passou por audiência de custódiaEle foi preso no sábado (29/2), por investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu a instauração de incidente de insanidade mental, que pode tornar o jovem imputável, mas a magistrada responsável pela audiência indicou que o exame fosse realizado conforme o andamento do processo

Conforme análise da juíza Verônica Torres Suaiden, mesmo o homem sendo réu primário, não afastava a necessidade de mantê-lo detido no Complexo Penitenciário da Papuda. “Após os relatos do preso e analisando os elementos concretos existentes nestes autos, entendo que emergem fundamentos concretos para a manutenção da prisão cautelar do indiciado. A regular situação de flagrância em que foi surpreendido o autuado torna certa a materialidade delitiva, indiciando suficientemente também sua autoria, ambas mencionadas nos relatos colhidos”, destacou.

Ainda, a magistrada frisou a relação entre a postagem feita pelo jovem, em um fórum de perguntas e respostas de uma empresa multinacional que opera serviços variados na internet, e os artefatos explosivos encontrados na residência dele, no Lago Norte. Na mensagem, ele afirmou que faria um “massacre histórico”. 

“Os pressupostos da prisão provisória encontram amparo na necessidade de se acautelar a ordem pública, cuja garantia, além de visar impedir a prática de outros delitos, busca também assegurar o meio social e a própria credibilidade dada pela população ao Poder Judiciário. No caso, a conduta do agente não se restringiu a postagem de um possível ataque público em site de relacionamentos, mas também à apreensão de artefatos para fabricação de bombas, que eram mantidas no ambiente doméstico”, salientou.

O Ministério Público pediu a conversão da prisão em flagrante em preventiva, com a possibilidade de o suspeito ser internado em ala psiquiátrica da Papuda, conforme a instauração de insanidade mental. Entretanto, a juíza Verônica Suaiden limitou-se a argumentar: “deixo sua análise ao Juízo natural, que terá mais elementos para análise.”