Cidades

Justiça dá cinco dias para Backer recolher cervejas estocadas no DF

Os produtos foram tirados de circulação em janeiro e, desde então, estão na sede da representante da empresa na capital, gerando um prejuízo de R$ 150 mil

A Justiça determinou, nesta quinta-feira (27/2), que a cervejaria Backer recolha todos os produtos da marca estocados em Brasília. A empresa Almeida Comercial de Bebidas e Alimentos Ltda, que guarda os produtos na capital, alega um prejuízo de R$ 150 mil com a manutenção do produto em estoque. 

 

Todos os lotes da cerveja foram recolhidos dos estabelecimentos em janeiro, depois de a Backer anunciar um recall, após casos de contaminação por substância tóxica presente no produto
 
A Almeida Comercial entrou com a ação porque se diz numa situação crítica, já que não pode vender os produtos nem usar seu espaço de estocagem para outros negócios.
 
A decisão é da juíza da 19ª Vara Cível de Belo Horizonte, Maria da Glória Reis. Ela fixou o prazo de cinco dias para o cumprimento da determinação, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. 
 
A juíza destacou, na decisão, que a cervejaria não atacou por completo a determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para recolher todos os produtos e suspender as atividades. 

Segunda etapa de perícia 

Policiais civis voltaram à sede da cervejaria Backer, na Região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (28/2), para dar sequência a uma nova fase de perícia que pretende apurar se há vazamentos nos equipamentos da fábrica. 

 

Um dos 70 tanques da fábrica foi esvaziado nessa quinta (27). O teste de estanqueidade dos equipamentos tem objetivo de verificar se há rachadura, furo, trinca ou porosidade na superfície. A suspeita é de que a presença de substâncias tóxicas na bebida esteja relacionada com a intoxicação de 34 pessoas, seis delas mortas.

 

Além da Polícia Civil, os testes são feitos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Técnicos da empresa fabricante dos tanques de inox também dão suporte às ações.

 

O Mapa já constatou a presença das substâncias tóxicas monoetilenoglicol e dietilenoglicol em 53 lotes de cervejas da Backer. A fábrica está interditada desde 10 de janeiro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de qualquer produto da marca com data de fabricação igual ou posterior a agosto de 2019.  
 
*Com informações do Estado de Minas