Correio Braziliense
postado em 26/02/2020 17:30
A venda de máscaras de proteção e álcool em gel aumentou a ponto de os produtos esgotarem em farmácias de Brasília, após a divulgação de quatro casos suspeitos do coronavírus no Distrito Federal.
Na tarde desta quarta-feira (26/2), nenhuma drogaria da Rua das Farmácias (102 e 302 Sul), tinha máscaras para vender, e poucas unidades ainda tinham álcool em gel em estoque.
Na tarde desta quarta-feira (26/2), nenhuma drogaria da Rua das Farmácias (102 e 302 Sul), tinha máscaras para vender, e poucas unidades ainda tinham álcool em gel em estoque.
"Eu vim à procura da máscara e um álcool em gel de 1L por conta do meu irmão, que está com receio, e já procurei em todas as farmácias aqui da rua. Nenhuma tem mais. Vou continuar procurando, mas cada pessoa tem a sua fé, né? Se eu não achar, vou deixar nas mãos de Deus", disse o evangelista, Enaque Silva, 55 anos.
A secretária Luciana Bigossi, 47 anos, foi uma das pessoas que, sem sucesso, voltou para casa apenas com o álcool em gel na mão. Ela contou ao Correio que estava preocupada porque viajaria para a Itália no dia seguinte. “Acho que as pessoas aqui em Brasília estão precipitadas. Aqui só tem um caso que foi confirmado em São Paulo. Mas posso entender, porque estou aqui há três semanas e se eu pensasse que poderia acontecer uma coisa dessas eu não teria esperado tanto tempo pra comprar, afirmou.
Por volta de 9h da manhã, na drogaria Santa Marta, que fica na mesma rua, o estoque de máscaras já havia acabado. De acordo com a gerente, Eliane Francelina, a loja costuma receber cerca de 10 caixas do produto por dia e vende as caixas com 50 máscaras a R$ 15,00.
"As pessoas vêm comprando máscaras e, geralmente, essa demanda é suficiente. Mas hoje a procura foi acima do normal. Não sabemos se virão estoques maiores, porque é a central que define a quantidade para cada unidade", explicou.
De acordo com a gerente de Recursos Humanos da Drogaria Brasil, Karen Tavares, a procura aumentou desde o fim de semana passado. “Acredito que muito por conta do carnaval, por preocupação das pessoas que vieram de fora para esse período a demanda aumentou muito. A população está preocupada porque a informação que temos não é tão clara, então estão tentando se prevenir”, afirmou.
Dois casos em análise
Os casos suspeitos de coronavírus no DF foram divulgados pela manhã, sendo três na rede privada e um na rede pública. Até o início da tarde, dois dos casos haviam sido descartados e os outros dois seguiam sob análise.[NOTICIA1547040]Na terça-feira, o Brasil teve o primeiro caso de coronavírus confirmado em São Paulo. Trata-se de um homem de 61 anos que chegou da Itália na última semana. Ele está internado no Albert Einstein e é o primeiro brasileiro diagnosticado com a doença até o momento.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, 20 outros casos estão em análise no país. Esse número ainda não inclui os pacientes do DF. A doença já matou mais de 3 mil pessoas, sendo a maioria chineses.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, 20 outros casos estão em análise no país. Esse número ainda não inclui os pacientes do DF. A doença já matou mais de 3 mil pessoas, sendo a maioria chineses.
No último domingo (23/2), os 34 brasileiros repatriados de Wuhan, na China, cidade epicentro da doença, foram liberados da quarentena na Base Aérea de Anápolis, Goiás. Das 58 pessoas que permaneceram os 14 dias em quarentena no local, cinco seguiram viagem para Brasília. Os passageiros fizeram testes diários que descartaram a presença do vírus.
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