Correio Braziliense
postado em 24/02/2020 18:55
No carnaval, o Setor Comercial Sul se transformou em um point badalado. Aos menos três bloquinhos animam os foliões nesta segunda-feira (24/2). Com entrada única e revista, às 17h30, a fila para curtir a folia dava voltas de aproximadamente 1 km em torno da quadra 2. Ao menos 5 mil foliões ocupam o espaço.
Até o final da tarde, não houve ocorrências registradas no local, segundo o capitão Costa e Silva. "Está tudo tranquilo. Nenhuma ocorrência. Fizemos também uma única entrada com revistas, o que ajuda a garantir uma boa festa", apontou.
Mais cedo, a estudante Natália dos Santos, 17 anos, moradora de Cristalina, se divertiu ainda que debaixo da chuva no trio Carreta Passo Largo.
Com a plaquinha "Vem maratonar minha série de beijos", a foliã dançou alegremente. "Vim de Goiás só para curtir a folia aqui. Estou dando preferência para os blocos LGBT. Estou achando animado e organizado", opinou.
No Sereias Tropicanas, a veterinária Gabriela Ribeiro, 28 anos, moradora do Lago Sul, decidiu aproveitar a festa para protestar politicamente. Portando uma tiara com os dizeres "Ele não, você sempre", em referência ao presidente Jair Bolsonaro, ela contou que todo ano comparece no bloquinho. Também marca presença no Bloco das Montadas e no Bora pra Cuba. "O carnaval aqui em Brasília é demais!".
Já o amigo Thiago Oliveira, 30 anos, psicólogo, foi fantasiado de "contenção de danos". Em uma orelha, um brinco de Corote e na outra, uma cartela de Engov. Morador de Águas Claras, e observou que o carnaval do DF vem melhorando. "Cada vez melhor, cada vez mais o povo brasiliense vem ocupando espaço público. Outra coisa, os bloquinhos de carnaval de Brasília não perde para fora", afirma.
No Aparelhinho, acompanhada do marido, a empresária Laissa Soares, 33 anos, grávida de 8 meses, fantasiada de sereia, também foi conferir a festa. Moradora do Jardim Botânico, foi pela segunda vez na festa. "Me senti segura para vir. Gostei do formato porque tem revista da polícia. O fato de ter mais policiamento dá maior tranquilidade". Ano que vem, conta, pretende vir com o bebê. A programação, no entanto, será diferenciada. "Pretendo investir em festas de matinê, como o Tesourinha e a Baratinha", planeja.
A empresária Adriana Andrade, 40 anos, moradora de Ceilândia foi pular carnaval com o marido, Robson Medeiros, 42 anos. Casados há 23 anos, costumam cair na folia juntos. Como hoje não encontrou festas na região onde reside, a solução encontrada foi descer para o Plano Piloto. A fantasia também foi combinada. Ele, com uma plaquinha de "Eu amo cerveja". Ela, com uma tiara escrita "cerveja". "Ele gosta mesmo de cerveja. Esse ano resolvi dar esse gosto pra ele", disse aos risos.
O biólogo Guilherme Ribeiro, 28 anos, morador do Sudoeste, afirma que é a primeira vez que vem para o Aparelhinho. Costuma ir para o Divinas Tetas e o Bloco do Amor. Ele acha que a violência no carnaval aumentou, mas que, em resposta, a polícia ostensiva também. Ele se vestiu de Saylor Moon. Junto com os amigos, que também acompanharam na fantasia do desenho, aguardava na fila para entrar na festa.
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