De acordo com o delegado-chefe da 26ª Delegacia de Polícia, Cícero Jairo de Vasconcelos Monteiro, a mãe das três crianças, Romaria Pereira da Silva, 31 anos, contou a um policial, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que ela e o marido, Daniel Pereira Lopes, 35, tinham ido a uma padaria próxima.
Ainda segundo esse policial, a mãe disse que, quando souberam do incêndio, os dois voltaram correndo para a casa, que fica no conjunto 17 da QR 425. Romaria ficou do lado de fora, enquanto Daniel pulou o portão e entrou na casa para resgatar as crianças.
A menina que morreu era filha de Romaria e enteada de Daniel, assim como o menino de 3 anos que sobreviveu. Junto, o casal teve uma filha, de 6 meses, que sofreu queimaduras nos braços e rosto. O quadro do menino é o mais grave, com queimaduras em 70% do corpo.
A menina que morreu era filha de Romaria e enteada de Daniel, assim como o menino de 3 anos que sobreviveu. Junto, o casal teve uma filha, de 6 meses, que sofreu queimaduras nos braços e rosto. O quadro do menino é o mais grave, com queimaduras em 70% do corpo.
Inicialmente, foi informado pelo bombeiros que a criança morta no incêndio tinha 4 anos, mas a idade foi corrigida para 2 anos pela família. No resgate, os bombeiros estimaram que Daniel teve 80% do corpo queimado, mas os médicos avaliaram que os ferimentos cobriam, na verdade, 95% de seu corpo.
Ajuda de vizinhos
Quando os bombeiros chegaram ao local, o fogo já tinha sido apagado por vizinhos. No momento em que as chamas ficaram visíveis, cerca de 20 vizinhos passaram a combater o fogo. "Nós quebramos o cano da caixa d'água e o telhado para apagar o incêndio. Mas só conseguimos tirar duas crianças: o bebê e o menino de 3 anos", contou uma vizinha, logo após o incêndio.
"Muita coisa ficou queimada, como a geladeira, o colchão, o sofá e as estantes. O fogo atingiu a sala, a cozinha e dois quartos. A equipe fez um rescaldo, que é a última fase do incêndio em que apagamos qualquer material incandescente", acrescentou o tenente Reginaldo Machado.