O inquérito policial que investigou a morte de Júlia Félix de Moraes, 2 anos, foi entregue à Justiça do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, os laudos do Instituto de Medicina Legal (IML) ainda não ficaram prontos, mas os indícios investigados durante os últimos dias foram suficientes para apontar Laryssa Yasmim Félix de Moraes, 21 anos, como acusada pela morte da menina.
De acordo com o delegado-chefe da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), Josué Ribeiro, outra razão para fechar a investigação foi o prazo. "Encaminhamos o inquérito na quinta-feira. Como eu só tinha 10 dias para isso, ainda não temos o resultado dos laudos, mas acredito que fiquem prontos em breve devido à repercussão deste crime", afirmou.
O IML tem prazo máximo de 30 dias para apresentar a perícia médica. A Polícia Civil pediu o exame toxicológico da acusada e do ex-companheiro para esclarecer se a mulher estaria sob o efeito de alguma droga no momento do crime, e se haveria dopado o pai da criança no dia anterior, para que ele não ouvisse os gritos da menina.
Os próximos passos para o julgamento de Laryssa incluem a decisão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), se irá oferecer a denúncia ao Tribunal de Justiça (TJDFT) ou se irá devolver a investigação à polícia para mais esclarecimentos.
O crime
Laryssa Yasmim confessou o assassinato da filha. O crime aconteceu na madrugada do dia 13, no apartamento em que morava com a filha e o ex-namorado, em Vicente Pires. Segundo relatou aos policiais, ela teria levado a criança até a cozinha, ainda dormindo, e desferido três facadas, atingindo o tórax da criança duas vezes. Em seguida, foi até o quarto e tentou acertar o pai da menina com uma facada no rosto. Ela foi autuada por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, e por lesão corporal.