Cidades

PCDF identifica criminosos que atiraram no policial militar 'Véi da 12'

Nas redes sociais, os acusados publicavam fotos e dizeres de uma das maiores facções criminosas do Brasil. Em depoimento, os suspeitos alegaram ser integrantes da cúpula. O caso ainda está sob investigação

Agentes da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte/Ceilândia) identificaram dois jovens, de 18 e 20 anos, acusados de balear o sargento aposentado da Polícia Militar José Claudio Bonina, 56, mais conhecido como “Véi da 12”, em 30 de dezembro do ano passado. A dupla foi presa pela PM em Samambaia em 7 de fevereiro por terem roubado um carro em Ceilândia. O inquérito, no entanto, está parcialmente concluído, segundo a Polícia Civil. 

Os suspeitos estavam sendo monitorados pelos agentes desde o ano passado, conforme informou o delegado-adjunto da 19ª DP, Sérgio Bautzer. “Sabíamos da prisão dos dois desde 7 de fevereiro deste ano, quando assaltaram uma pessoa em Ceilândia, mas estávamos aguardando a conclusão do inquérito”, afirmou.

Nas redes sociais, um dos acusados publicava fotos e dizeres de uma das maiores facções criminosas do Brasil. A polícia, no entanto,  investigará se o rapaz tem envolvimento com a cúpula.“Isso ainda está sendo apurado e a acusação foi encaminhada para a Divisão de Repressão e Facções (Difac)”, explicou Sérgio Bautzer. 
 
De acordo com o delegado-chefe da Difac, Guilherme Souza Melo, o suspeito não está catalogado como membro da facção. Contudo, segundo ele, não é possível descartar nenhuma hipótese. "O fato dele ostentar isso nas redes sociais não significa que seja integrante, às vezes são simpatizantes. Mas ainda não dá para ter certeza", frisou.

Entenda o caso

José Claudio, o Véi da 12, foi baleado em Ceilândia na madrugada de 30 de dezembro. A dupla abordou o militar enquanto ele estava dentro do carro. Houve trocas de tiros e os suspeitos fugiram. Imagens das câmeras de segurança do local flagraram o momento em que dois homens atiram contra o veículo do sargento, que estava parado em um estacionamento. O militar foi encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), passou por procedimento cirúrgico e foi liberado dias depois.