Deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), representantes da Secretaria de Educação, e participantes do Educador Social Voluntário (ESV) se reuniram em audiência pública na manhã desta segunda-feira (17/2) para debater sobre o programa. A iniciativa, feita pelos distritais, levantou problemas relacionados à modalidade, como ausência de direitos trabalhistas, redução de vagas e elevado número de demanda.
Os educadores sociais auxiliam nas atividades desenvolvidas nas escolas de modalidade infantil, especial e integral. De acordo com o deputado Iolando Almeida (PSC), à frente da iniciativa, esses voluntários são uma alternativa de mão de obra mais barata e que ampara milhares de crianças na capital. “Estamos preocupados com a demanda que existe, porque os alunos não podem ficar desassistidos”, ressaltou.
O distrital afirma que a ideia da reunião é levantar os principais problemas, enviá-las ao Executivo e cobrar respostas. “Tenho certeza que o governo vai atender nossa causa. O necessário é que se chamem concursados, além dos educadores para preencher a necessidade das escolas”, frisou. O deputado destaca que o quadro atual não é suficiente para atender da educação especial no DF.
Para o parlamentar João Cardoso (Avante), o ESV é um tipo de serviço “análogo à escravidão”. “Já vi educadores que se machucaram na escola e não tem direito à atestado. Eles recebem apenas o valor do dia trabalhado. É necessário que passemos a cobrar mais respeito”, disse. De acordo com o distrital, além de melhores condições de trabalho, é necessário aumento do número de vagas.
O professor Thiago Freire, da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), da Secretaria de Educação, explicou que a pasta estabeleceu que, inicialmente, 4 educadores ficarão em escolas com ensino especial. “A ideia é, futuramente, avaliar a falta ou excesso de pessoas nas unidades para fazer a movimentação”, explicou.