Disputado no Estádio Mané Garrincha sob nova gestão, o primeiro título nacional de 2020 ficou com o clube que encantou os amantes de futebol em 2019 e promete abocanhar ainda mais taças neste ano. Atual campeão brasileiro, o Flamengo dominou a final contra o Athlético Paranaense na manhã deste domingo (16/2) e se sagrou campeão da Supercopa do Brasil, após goleada por 3 x 0 encabeçada pelo trio artilheiro composto por Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta.
Nem parecia início de temporada. Sob um calor de 27º graus, o Flamengo impôs a alta intensidade desde o começo da quarta partida que entra com o time titular. Abriu o placar com 14 minutos, viu o torcedor entregar cartaz de "Hoje tem gol do Gabigol" após o atacante balançar as redes em jogada de oportunismo no segundo gol e o Arrascaeta fechar a conta no segundo tempo, sem dar chances para o campeão da Copa do Brasil.
O primeiro lance de perigo ocorreu aos 3 minutos. Wilian Arão roubou no meio, arrancou e após tabelar chutou forçando a primeira defesa de Santos. Foi suficiente para o volante acenar para pedir a participação da torcida, composta majoritariamente por flamenguistas.
Sob apoio massivo das arquibancadas, o Flamengo não demoraria para fazer o público explodir de alegria. Da direita, Gabriel Barbosa cruzou e encontrou Bruno Henrique entrando na pequena área para cabecear livre, de cara para o gol.
Ao ritmo de "Vamos Flamengo, vamos ser campeão", o clube seguiu com a maior posse de bola e com boas investidas no ataque. Nas poucas falhas do Flamengo, quando o Athlético subiu a marcação e Rodrigo Caio deixou passar. Rafinha recuperou com direito a chapéu, mostrando que o time carioca voltou para a primeira disputa de título esbanjando confiança.
Do outro lado, o Athlético evidenciou nervosismo. No começo do jogo, fazendo muitas faltas. Depois do primeiro gol, com erros bobos, um que rendeu inclusive o segundo gol do Flamengo. Aos 30 minutos, o lateral esquerdo Márcio Azevedo tentou recuar de peito para o goleiro Santos. O toque do jogador do Athletico saiu fraco, então Gabigol antecipou a saída de Santos, tirou o goleiro e ampliou a vantagem flamenguista.
Com o placar atrás, o Athlético saiu mais para o ataque a partir dos 30 minutos. As melhores chances foram criadas com Marquinhos Gabriel, que finalizou por cima do gol na primeira chance que teve e, na segunda, exigiu boa defesa do Diego Alves após chute cruzado.
Para fechar a conta
O desgaste físico de início de temporada fez o Flamengo diminuir o ritmo no segundo tempo, embora tenha mantido o controle da partida. Aos 23 minutos, o clube carioca subiu para com arrancada de Bruno Henrique pela esquerda, invadiu a área e teve o toque que tinha como alvo o Gabigol interceptada pelo goleiro Santos. A bola sobrou para Arrascaeta, que livre só mandou para dentro.
O trio artilheiro do Flamengo passou a régua para levantar a taça de campeão da terceira edição da Supercopa do Brasil, que retornou após jejum de 28 anos. O time paranaense se jogou para o ataque em busca do gol de honra, empurrando o adversário para trás, o que é difícil de se ver desde a chegada do técnico Jorge Jesus.
Além do jogo: filas, show e autoridades no Mané
Para a Supercopa do Brasil, foram formadas as tradicionais filas para a entrada dos torcedores, mas havia novidade no Mané Garrincha. Com a nova gestão, o estacionamento da arena passou a ser pago, em preço único de R$ 25. Dentro, as arquibancadas não ficaram completamente preenchidas. Muitas reclamações foram feitas sobre o alto preço dos ingressos. O mais barato custou R$ 100, a meia entrada na arquibancada superior.
Antes do apito inicial do árbitro Wilton Pereira Sampaio, de Goiás, a dupla sertaneja Maiara e Maraisa entrou em campo para esquentar a torica. A dupla voltou depois do jogo para encerrar a festa. Também marcaram presença no estádio, o presidente da república, Jair Bolsonaro, acompanhado dos ministros Sergio Moro e Damares Alves.
FICHA TÉCNICA
Flamengo: 3
Diego Alves;
Rafinha, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e Filipe Luís (Renê);
Willian Arão e Gerson;
Everton Ribeiro (Diego), Arrascaeta (Michael) e Bruno Henrique
Gabriel Barbosa
Técnico: Jorge Jesus
Athletico-PR: 0
Santos;
Khellven (Fernando Canesini), Lucas Halter, Thiago Heleno e Márcio Azevedo (Abner)
Erick e Wellington;
Léo Cittadini (Bissoli), Nikão e Marquinhos Gabriel
Rony
Técnico: Dorival Júnior
Gols: Bruno Henrique, Gabriel Barbosa e Arrascaeta
Cartões amarelos: Erick, Nikão (Athletico-PR)
Público: 48.009 pagantes
Renda: R$ 7.423.760
Árbitro: Wilton Sampaio (GO)
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