As investigações começaram com denúncias de moradores do próprio condomínio, e levaram a Polícia Civil a iniciar a Operação Privê. Agentes cumpriram 14 mandados judiciais. Dez de busca e apreensão e quatro para prisão temporária, em Águas Claras, Asa Sul, Lago Norte e Sudoeste. Os alvos das prisões, no entanto, não foram encontrados.
O principal líder da organização criminosa foi identificado como dono de um grande patrimônio em Brasília: 60 imóveis, além de postos de gasolina na Asa Sul e de carros de luxo.
"O líder da organização atua como grileiro em diversas regiões do Distrito Federal há mais de 20 anos, e utiliza nomes laranjas para manter um patrimônio que inclui mais de 60 imóveis, oriundos de loteamentos irregulares, postos de gasolina e carros de luxo", afirmou.
A delegada também disse que o homem esteve envolvido nas primeiras construções do Condomínio Privê — iniciadas há 20 anos e ainda em fase de legalização — e também no início do Condomínio Del Lago, em Sobradinho.
Atuação criminosa
O grupo deverá responder pelos crimes de organização criminosa, parcelamento irregular do solo e dano ambiental, com pena que pode chegar a 18 anos de prisão.
Segundo as investigações, a organização criminosa também ameaçou pessoas que faziam parte da administração do Condomínio Privê para que a denúncia contra eles não fosse feita. Pelos negócios do mandante, a polícia também vai investigar se eles atuavam com lavagem de dinheiro.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niedderauer