De acordo com a PMDF, após matar a criança, a mulher também teria tentado golpear o homem com uma faca. Ele sofreu um corte no rosto ao tentar se defender e depois conseguiu desarmá-la. Em seguida, o rapaz teria percebido que a filha estava ferida. O Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) compareceu ao local e constatou a morte da criança.
O Correio apurou que vizinhos ouviram um barulho, por volta das 4h da manhã, e bateram na porta do apartamento para ver o que estava acontecendo. O pai da criança atendeu, ferido, e disse que a jovem havia esfaqueado a menina e ele, que acordou com a mãe da criança apontando uma faca para o rosto dele.
A Polícia Militar foi acionada e prendeu a mulher em flagrante. A suspeita foi encaminhada para a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), que investiga o caso.
A proprietária do prédio onde os envolvidos moravam, Maria Gilmara Sousa, 44 anos, alugava o apartamento há cerca de um ano para o rapaz. De acordo com ela, a mulher chegou há, aproximadamente, três meses, com a criança. “Ele morava só, a princípio. Depois foi que a mulher veio com a filha. Mas ninguém sabe nada dela aqui. Se eu a vi foi umas duas vezes, quando fui resolver um vazamento no apartamento”, disse.
Ainda segundo Maria Gilmara, o casal não causava polêmica na vizinhança. “Os vizinhos falavam que não tinha confusão nenhuma. Conversei com minhas inquilinas e elas falaram que nunca viram problema com ele. Não tinha uma reclamação”, pontuou.
Memória
Em 2017, o crime de uma mãe contra o próprio filho marcou o Distrito Federal. O corpo de um bebê de 5 meses foi encontrado boiando no Lago Paranoá, após ter sido jogado pela mãe, de 36 anos. Ela só foi localizada cinco dias após a morte da criança. A mulher estava em cima de uma árvore, aparentando estado de choque.
Em depoimento, ela confessou que matou o filho, jogando-o da Ponte JK, e foi presa. Os advogados de defesa afirmaram que a mãe não tinha condições psiquiátricas para compreender o que havia feito. Mais de um ano depois, ela foi absolvida pela Justiça para que continuasse o tratamento psiquiátrico assistencial e psicológico em caráter ambulatorial.
Já em 2019, a brutalidade e frieza de uma mãe e da companheira em Samambaia chocaram o país. Rhuan Maycon, 9, foi atingido com uma facada no peito enquanto dormia. Em seguida, as mulheres esquartejaram o garoto. O rosto da criança estava desfigurado. As duas estão presas.