Ao todo, foram cumpridos 28 mandados judiciais por agentes da Divisão de Repressão ao Crime Organizado da Cecor (Draco/Cecor). Entre os mandados, 12 são de prisão temporária e 16 de busca e apreensão. No DF, foram cumpridas sete ordens de prisão e oito de busca.
Segundo a Polícia Civil, os alvos de mandados que forem presos em Santa Catarina serão encaminhados ao Distrito Federal em uma aeronave da Divisão de Operações Aéreas (DOA) da PCDF. Os policiais do DF contam com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, por intermédio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Cerca de 80 policiais atuam na operação.
De acordo com os investigadores, integrantes da organização criminosa produzem as drogas em Santa Catarina e fornecem para integrantes do grupo, no Distrito Federal. Ainda segundo a PCDF, os suspeitos distribuíam os entorpecentes a usuários em diversos locais de Brasília.
Patrimônio ilícito
Na operação, policiais trabalharam, não só na apreensão das drogas e no fechamento dos laboratórios de produção: o patrimônio adquirido de forma ilícita pelos criminosos também foi alvo dos investigadores.
A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias dos integrantes do grupo criminoso e de pessoas utilizadas por eles como “laranjas”. Também foi determinado o bloqueio de imóveis em cidades litorâneas de Santa Catarina. Segundo os investigadores, os imóveis teriam sido adquiridos com dinheiro do tráfico e são avaliados em mais de um milhão de reais.
Prisão
Segundo a PCDF, em janeiro de 2020, o líder do grupo, morador de Santa Catarina, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Sul do país. Na ocasião ele transportava 210kg de cocaína.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro e, se condenados, as penas poderão ultrapassar 30 anos de prisão.