Uma das linhas de investigação da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) é de que uma servidora do CEF 410 Norte teria oferecido um suco de uva com a substância a Charles. Após ingerir o líquido, a vítima teria entrado em contato com familiares e disse estar com medo de ter sido envenenado. Entretanto, o texto emitido pela direção da escola frisa que o educador ingeriu apenas água no dia em que visitou a unidade, e que o fez “por vontade livre”.
“Nas dependências da escola, antes e durante a chegada e permanência do professor Charles, encontravam-se aproximadamente 14 pessoas, entre professores, servidores terceirizados e pedreiros, incluindo três policiais militares do batalhão escolar”, ressaltou o texto. Além disso, a direção destacou que o educador “não foi recebido com hostilidade na escola, antes, com o respeito que lhe era devido em razão do cargo que exercia”.
Além disso, a direção do CEF 410 Norte disse que Charles permaneceu aproximadamente 2 horas na unidade, antes de passar mal, e em nenhum momento ficou sozinho com a funcionária, que teria oferecido o suco de uva para ele. “A referida servidora foi a responsável pelas ligações para a esposa do professor Charles assim como para os amigos”, descreveu o texto.
Apesar da informação divulgada pela direção do CEF 410 Norte, em coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira (7/2), o delegado responsável pelo caso, Laércio Rossetto, afirmou que a principal hipótese é que o professor foi envenenado na unidade de ensino. A análise é baseada nas provas científicas produzidas pelos Institutos de Medicina Legal (IML) e Criminalística (IC).
A substância aldicarbe é proibida, justamente pelo alto efeito letal, podendo matar uma pessoa rapidamente. “A tese é de que teria ocorrido no ambiente escolar. Uma pessoa viu o professor ir ao banheiro. Quando ele retornou, já estava passando mal. Depois, a situação se agravou, até ele ser socorrido ao Hran”, explicou o investigador.