Cidades

Servidor é morto no Novo Gama

Vizinho encontrou corpo de funcionário do Ministério da Agricultura com os pés, as mãos e o pescoço amarrados com fita isolante. Vítima tinha 69 anos, estava em casa e não aparecia no trabalho desde terça-feira


A Polícia Civil de Goiás investiga a morte do servidor público do Ministério da Agricultura Jair Silva, 69 anos. O corpo dele foi encontrado por um vizinho na própria residência, no Novo Gama, município goiano distante 33km do Distrito Federal. A vítima estava com os pés, as mãos e o pescoço amarrados com uma fita isolante e teria sido asfixiada, conforme apontou laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia.

Hoje, investigadores colherão depoimentos de testemunhas e analisarão imagens da câmera de segurança da rua onde Jair morava para tentar elucidar o caso. Segundo o delegado Danillo Martins, do Grupo de Investigações de Homicídio do Novo Gama, a principal linha de investigação é de homicídio. “Quando os agentes entraram na casa, deram falta de uma televisão, mas não acreditamos que o crime seja de latrocínio (roubo com morte), até porque não fizeram bagunça e deixaram tudo no devido lugar. A subtração da tevê pode ter sido apenas uma oportunidade”, explicou.

O servidor morava sozinho na residência, no Conjunto I do Novo Gama, havia mais de cinco anos e mantinha pouco contato com os familiares, de Belo Horizonte. “Por meio de conversas informais, disseram que ele era uma pessoa fechada, mas que recebia visitas de muitos amigos constantemente”, disse Danillo.

Susto
Rogélio Romão, 48, vizinho do servidor público, encontrou o corpo da vítima na manhã de quarta-feira e acionou a polícia. O vigilante contou ao Correio que havia combinado com Jair de prestar um serviço de jardinagem na casa. “Ele gostava muito de plantas e me contratava direto. Antes de eu chamá-lo no portão, a minha irmã (amiga e colega de trabalho da vítima no Ministério da Agricultura) falou que o Jair não comparecia ao trabalho desde terça-feira”, contou.

Rogélio acrescentou que chamou Jair várias vezes no portão antes de entrar na residência. “A minha irmã trabalhava como doméstica na casa dele e tinha a chave da casa. Ela me emprestou e, quando abri a porta, tomei um susto.” Segundo ele, o corpo da vítima estava caído no chão, de bruços, entre o corredor da sala e cozinha. “A residência estava toda organizada, mas a grade da copa estava aberta, e as luzes, acesas”, detalhou o vizinho.

Jair trabalhava como agente administrativo no Ministério da Agricultura e, segundo investigação, compareceu ao local pela última vez na segunda-feira. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o sepultamento, se ocorreria em Brasília ou em Minas Gerais.