Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 18:52
O servidor do Ministério da Agricultura encontrado morto dentro de casa, em Novo Gama (GO), na manhã de quarta-feira (5/2), foi asfixiado, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML). O corpo de Jair Silva, 69 anos, foi achado com os pés, as mãos e o pescoço amarrados com uma fita isolante.
Segundo o delegado do Grupo de Investigações de Homicídio da delegacia do Novo Gama, Danillo Martins, os investigadores acreditam em homicídio. "Agentes perceberam a ausência de uma televisão, mas não houve arrombamento, e a casa estava organizada", explicou.
De acordo com o investigador, nãenhum suspeito foi identificado. "O que ouvimos da vizinhança foi que a casa dele era bastante frequentada. Não acreditamos em latrocínio. O roubo da televisão pode ter sido apenas alguma oportunidade", acrescentou.
Agora, a polícia analisará as imagens das câmeras de segurança para tentar elucidar o fato. Os depoimentos de conhecidos da vítima estão marcados para esta sexta-feira (7/2). O homem vivia sozinho na residência e tinha família em Belo Horizonte.
Cadáver
O corpo de Jair foi encontrado por Rogélio Romão, 48, vizinho da vítima. O vigilante contou ao Correio que, na manhã de quarta-feira, a irmã havia lhe falado que a vítima não ia ao trabalho desde terça-feira.
Segundo Rogélio, a vítima havia combinado com ele um serviço de jardinagem com as plantas da calçada. "Chamei no portão e ele não atendeu. Como minha irmã limpa a casa dele, me deu a chave. Ao entrar, me deparei com o corpo caído perto da cozinha. A casa estava toda organizada, mas a grade estava aberta", explicou.
O vigilante contou ainda que Jair era discreto e só aparecia na rua para jogar o lixo fora. "Ele conversava apenas comigo e com minha mãe. Era uma pessoa boa e educada."
Saiba Mais
Jair Silva atuava como agente administrativo no Ministério da Agricultura e, segundo investigação, teria trabalhado pela última vez nesta segunda-feira (3/2). Ainda não se sabe se o corpo dele será velado em Brasília ou encaminhado para Minas Gerais. O Correio entrou em contato com o Ministério da Agricultura e aguarda retorno.
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